Amazonas – Na manhã desta segunda-feira (22), veio à tona a denúncia da ex-namorada de 22 anos, contra o advogado Marcelo Oliveira Gonçalves, por suposta tentativa de feminicídio. De acordo com a jovem, essa não teria sido a primeira vez que o advogado teria sido denunciado por agressão, desta vez, ela conta que Marcelo tentou enforca-la após ele não aceitar o término do relacionamento.

A titular da Delegacia Especializada em Crimes contra as Mulheres, Débora Mafra, informou que o primeiro B.O. (Boletim de Ocorrência) foi feito pela jovem ainda em fevereiro deste ano, mas após algum tempo, ele a convenceu de retirar a ocorrência em troca de um carro.

A delegada também disse que a vítima chegou a ganhar o veículo do advogado e que certo tempo depois eles voltaram, mas a família da vítima acredita que o carro estava sendo rastreado pelo acusado.

Ainda conforme a família da jovem, o advogado demostrava muito ciúme, não deixava que a namorada saísse de casa e nem tivesse amizade com outras pessoas. As agressões físicas começaram em fevereiro.

O Tribunal de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Amazonas (OAB-AM) decidiu nesta quinta-feira (20), por unanimidade, pela suspensão preventiva, por 90 dias, do advogado Marcelo Gonçalves de Oliveira, de 36 anos.

Acusado já tinha histórico de comportamentos agressivos

Em 2017, O Tribunal de Ética e Disciplina da OAB-AM (Ordem dos Advogados do Brasil) decidiu por unanimidade, pela suspensão preventiva por um prazo 90 dias, do registro de advogado de Marcelo Gonçalves de Oliveira, que tinha 36 anos na época. Durante esse período, ele não pôde exercer legalmente a profissão.

O Tribunal de Ética da OAB julgou 14 processos contra Marcelo, envolvendo violação de domicílio, agressão física, clonagem de cartões de crédito, formação de quadrilha, agiotagem e estelionato, entre outros crimes.

Entre os processos a que ele respondeu no conselho da ordem, o que mais pesou na decisão dos conselheiros foi o que o caso em que Marcelo teria invadido a casa da também advogada Maria José Rodrigues Menescal de Vasconcelos, no ano de 2013.

Naquele ano, o advogado chegou a apontar uma arma de fogo para a cabeça da colega de profissão, afirmando que iria matá-la caso ela não quitasse o débito. Marcelo Oliveira Gonçalves atuava como “agiota“.

Em 2015, Marcelo “caiu” em uma blitz no bairro Compensa, Zona Oeste da capital, onde estava sem habilitação e sem o documento do veículo. Ele foi encaminhado para delegacia, mas segundo informações de um Portal de notícias local, o delegado que atendeu o caso do advogado, não o autuou por pressão da mãe de Marcelo, que é a juíza aposentada Solange Gonçalves, que chegou a gritar com os policiais, para que liberassem seu filho.

Após a confusão, o advogado chegou a ser chamado de “Príncipe da FDN” nas redes sociais, uma apologia a facção criminosa Família do Norte.