Após tecer críticas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) virou alvo da Polícia Federal (PF). O documento foi assinado pelo próprio Bolsonaro e conduzido posteriormente pelo ministro de Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, que, por meio de inquérito, vai investigar uma suposta prática de crime contra a honra.

O inquérito cita uma entrevista concedida em novembro do ano passado, por Ciro Gomes, à “Rádio Tupinambá”, de Sobral/CE.

Na ocasião, Ciro chamou Bolsonaro de “ladrão” e citou o caso da “rachadinha”, no qual o filho do presidente, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), está sendo investigado.

Sergio Moro, o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Bolsonaro, também foi citado durante a entrevista.
“Qual foi o serviço do Moro no combate à corrupção? Passar pano e acobertar a ladroeira do Bolsonaro. Por exemplo, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), que descobriu R$ 89 mil desse (Fabrício, ex-assessor de Flávio Bolsonaro) Queiroz, que foi preso e é ladrão, ladrão pra valer, ligado às milícias do Rio de Janeiro. E onde estava o senhor Sergio Moro? Acobertando”, disse Ciro, na época.

Ciro disse em entrevista que foi informado do inquérito há 10 dias e que está “pouco ligando” para as investigações.

O caso está nas mãos da Justiça Federal do Distrito Federal.