Fontes próximas ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), revelam que o general Eduardo Pazuello comunicou a Bolsonaro neste domingo (14), que está com problemas de saúde e que, por isso, precisará de mais tempo para se a reabilitar. Pazuello está no comando do Ministério da Saúde desde 2 de junho de 2020.

O pedido de afastamento coincide com o auge da pressão de deputados do Centrão, que pleiteiam mudança no comando da pasta sob pretexto de má gestão durante a pandemia. As informações foram reveladas por um veículo de comunicação de renome no país.

Ainda conforme a matéria, pessoas ligadas ao presidente já entraram em contato com dois médicos cardiologistas cotados para substituir o ministro: Ludhmilla Abrahão Hajjar e Marcelo Queiroga, presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

O primeiro nome, como divulgou o blog de Andreia Sadi, é o preferido do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), e de deputados do Centrão.

A saída do ministro da saúde, Eduardo Pazuello, já é arranjada por parlamentares influentes no Congresso, segundo publicação de O Estado de S. Paulo.

Com a certeza de que não há solução para a crise sanitária no curto prazo sem a queda de Pazuello, os congressistas articulam a troca de comando na Saúde.

Para os parlamentares, instalar CPIs e achincalhar o general terminará por torná-lo vítima aos olhos de Jair Bolsonaro, garantindo sua sobrevida na pasta. Na surdina e alinhado à cúpula do Congresso, o grupo já cotava uma lista com nomes de médicos, experientes em gestão e conhecimento do SUS, e sem nenhuma ligação negacionistas e nem de ‘esquerda’.

Forças Armadas

Os militares também não querem mais que Pazuello permaneça da pasta e haviam solicitado o afastamento do militar do comando da pasta.

Ainda conforme a Folha de S. Paulo, integrantes das Forças Armadas interpretaram a vitória do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que conseguiu sair na frente do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na imunização da população, como uma mácula à pasta da saúde comandada por Pazuello.

Além disso, a derrota poderia vincular à imagem de um general da ativa, patente de Pazuello, à negligência com a saúde da população, colocando em risco a aprovação das Forças Armadas.