A família de George Floyd, o homem assassinado em 2020 por um policial, na cidade de Minneapolis, aceitou o acordo indenizatório no valor recorde de US$ 27 milhões (cerca de R$ 150 milhões). A negociação foi aprovada nesta sexta-feira (12), por unanimidade pelo Conselho Municipal de Minneapolis. Este é o maior acordo pré-julgamento em um caso de morte por negligência em direitos civis na história americana.

Em um comunicado, o advogado da família, Ben Crump, disse que a esta é uma mensagem poderosa de a vida dos negros é importante e a brutalidade policial contra pessoas de cor deve cessar.

” A morte horrível de George Floyd, testemunhada por milhões de pessoas em todo o mundo, desencadeou um anseio profundo e uma demanda inegável por justiça e mudança”, completou, Ben.

A negociação foi alcançada enquanto a seleção do júri para o julgamento do policial acusado de assassinar Floyd ainda ocorria. A indenização também prevê o repasse de US$ 500 mil para o bairro onde Floyd foi preso.

Floyd foi declarado morto em 25 de maio de 2020 depois que o então policial Derek Chauvin ajoelhou sobre seu pescoço por cerca de nove minutos.

A morte de Floyd desencadeou protestos violentos em Minneapolis e outras cidades, levando a uma discussão nacional sobre racismo.

Em julho de 2020, a família Floyd processou a cidade e os quatro policiais implicados em sua morte, alegando que os policiais violaram os direitos da vítima e a cidade permitiu que uma cultura de força excessiva, racismo e impunidade florescessem em sua força policial.