Ainda não há estatísticas a respeito, mas a percepção da pesquisadora Ester Sabino é de que há mais jovens e crianças infectados pelo coronavírus na segunda onda da pandemia no Brasil.

“Isso tem acontecido mais com a [variante] P.1. Os jovens, e a Inglaterra também viu isso, por causa das aglomerações, festas, estão mais expostos e isso aumenta a taxa de infecção. E não é só a exposição, é a exposição a níveis mais altos de vírus, o que aumenta a chance de termos casos mais graves”, afirmou Ester, pesquisadora do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), na Live do Valor desta quinta-feira.

“E, infelizmente, tem se detectado mais casos em crianças. Não temos números para medir o impacto, mas aparentemente estão aumentando os casos de covid-19 entre elas”, continuou.

Sobre a volta presencial às aulas, Ester diz que é uma escolha difícil após um ano inteiro sem escola, mas o momento não é o ideal. “Acredito que, agora, no tamanho da pandemia que estamos vivendo, é preocupante voltar à escola. Mas acredito que tem que ser a primeira coisa a voltar e não a última”.

Do Valor Globo