O pesquisador da Fiocruz Amazônia, Felipe Naveca, informou que a variante P1 descoberta no Amazonas, tem ao menos o dobro da carga viral das demais.

A descoberta foi feita a partir de uma análise de 500 amostras coletadas pelo teste RT-PCR, a qual mostra o alto poder de transmissão da cepa brasileira. As amostras de linhagens variadas que circulam pelo Amazonas mostram uma maior carga viral.

Naveca explicou em recente entrevista para a imprensa nacional “Depois de utilizar esse teste de RT-PCR em tempo real, conseguimos mostrar que a carga viral detectável na secreção de nasofaringe de pacientes com a P1 é estatisticamente maior do que a dos pacientes não P1. Talvez essa seja a explicação relacionada à maior transmissão. Pelo menos nos nossos dados, suporte estatístico para isso”.

Felipe disse ainda os recortes feitos pela pesquisa por sexo ou faixa etária mostram um padrão: Se eu tenho maior presença do vírus no trato respiratório superior, provavelmente eu tenho maior chance de transmiti-lo para outras pessoas”, afirmou.

Ainda segundo o pesquisador, a variante P1 foi encontrada em uma amostra pela primeira vez no dia 4 de dezembro. Um mês antes do Japão identificar a cepa em viajantes do Amazonas.

A Fiocruz Amazônia ainda estuda para identificar o primeiro caso da P1 no estado.