A ex- apresentadora amazonense Norma Araújo, conhecida como “manazinha”, criticou pelo Whats App, os jornalistas que denunciaram possíveis irregularidades da Secretaria de Cultura do Município, por contemplar Lívia Mendes, com verba de R$ 60 mil, no ano passado, via Lei Aldir Blanc. Lívia é ex-secretária da Manauscult e filha do ex-governador Amazonino Mendes.

Lívia recebeu R$ 50 mil para o projeto “Livro Infantil Ilustrado Cadu e a Bactéria Verde”, na categoria Literatura e, na mesma categoria, ela recebeu R$ 10 mil para o projeto “Triologia do Artista – Peças de Lívia Prado – Um processo de colaboração e estímulo à leitura”. A verba prevista pela Lei Aldir Blanc (Lei Federal 14.017/20) da Prefeitura de Manaus concentrou, em 2020, R$ 4,17 milhões nas mãos de 33 profissionais e instituições “de elite” e foi alvo de denúncias, sobretudo, da classe dos artistas.

Norma Araújo se posicionou contra os colegas de profissão e contra a classe dos artistas que não aceitou o fato de Lívia ter sido comtemplada, pois, segundo eles, outros concorrentes eram mais qualificados e mereciam o benefício mais do que ela. “Manazinha” alegou serem injustas as críticas contra a filha de Amazonino, o que revoltou os jornalistas.

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De acordo com algumas fontes, “Manazinha” defendeu a filha do ex-governador Amazonino Mendes, porque nos tempos áureos em que Mendes era governador, Norma foi beneficiada de várias maneiras, com patrocínios, privilégios e verba pública para apoiar seus projetos. Foi nesse tempo que Norma ascendeu.

“Quando Amazonino foi governador e prefeito, ‘Manazinha’ se dava bem, mas agora, ela se sente desprestigiada na atual gestão por não conseguir espaço para seus projetos e, revoltada, grava vídeos criticando os gestores do estado”, afirma uma pessoa próxima de Norma.

A jornalista tem compartilhado nas redes sociais vídeos com tom de revolta e descontentamento contra políticos da atua gestão, que hipoteticamente não têm ajudado Norma com seus projetos.

Outra hipótese para Norma criticar a gestão do governamental é a de que “manazinha”, em meio à pandemia do COVID-19, tentou emplacar com o governo do Amazonas, um patrocínio de R$ 150 mil reais, mas, recebeu um não como resposta.

Norma também tentou ingressar na vida política, tentando por duas vezes entrar na política como vereadora, mas, mesmo se considerando influente, não obteve os votos necessários para se eleger.

Um jornalista que preferiu não se identificar, disse que, Norma segue uma trajetória de declínio. Atualmente fora da televisão e sem contratos, ela tenta atacar os atuais governantes, para chamar a atenção e tentar de alguma forma, emplacar projetos que lhe deem algum retorno financeiro.

O Ministério Público do Amazonas (MP-AM) informou que já possui denúncias contra a distribuição da verba municipal da Lei Aldir Blanc em 2020, estimada em R$ 6 milhões. Já o recurso de R$ 14 milhões oriundo do Ministério da Cultura ficará sob a fiscalização do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF).