O Governo do Estado, por intermédio da Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE), oferece apoio social e informativo aos familiares que perderam seus entes para o Covid-19. Os atendimentos pós-óbito são realizados por assistentes sociais, que entram em contato com as famílias por meio de ligação telefônica.

O atendimento psicossocial aos familiares de pacientes internados em virtude da nova variante do coronavírus na rede estadual é realizado por meio dos serviços sociais dos hospitais, bem como pelas tendas de atendimento psicossocial montadas na frente dos grandes hospitais e unidades do Serviço de Pronto Atendimento (SPA).

A assistente social Elzelane Batista Passos afirma que as ligações ainda encontram os parentes muito abalados devido à sua perda e com muitas dúvidas em relação ao atestado de óbito.

“Uma parte dos familiares busca informações relacionadas à questão documental, de com quantos dias pode se dar entrada na certidão de óbito, em quantos dias se pode solicitar e quais documentos são necessários. A outra parte dos familiares faz perguntas relacionadas à pensão por morte, principalmente quando a vítima não era casada no papel, e nesse caso orientamos também”, afirmou a assistente social.

A subcoordenadora do social da UGPE, Viviane Dutra, afirma que essa ligação de monitoramento com os familiares que perderam seus entes queridos é a última fase no apoio psicossocial realizado pelo Governo do Estado durante a pandemia. Ela explica que os atendimentos iniciam nas tendas montadas nos hospitais para dar suporte aos setores sociais internos das unidades hospitalares, que se encontravam sobrecarregados devido ao aumento das internações.

“A intenção do Governo do Estado é saber se a família conseguiu fechar toda a documentação necessária referente ao óbito e orientar esses familiares caso não tenham conseguido a emissão do atestado de óbito. As assistentes sociais também realizam verificação da previsão de benefícios sociais a que porventura os familiares tenham direito, como por exemplo as pensões ou algum auxílio do INSS”, afirmou a subcoordenadora.

Viviane ressalta que, caso as assistentes sociais percebam alguma fragilidade emocional ou a própria família expresse o desejo de receber esse atendimento, também são realizados encaminhamentos por meio de um link para os atendimentos psicológicos realizados pelo Centro Universitário do Norte (Uninorte).