Brasil – O governo perdeu o foco do auxílio emergencial em 2020 e corre o risco de perder novamente agora, avalia o economista-chefe da XP Asset, Fernando Genta, que já teve passagem por Brasília, como secretário adjunto do Ministério da Economia em 2017 e 2018, na gestão do ministro Henrique Meirelles.

Genta argumenta que, atualmente, um programa limitado a até R$ 30 bilhões, por três ou quatro meses, com contrapartidas fiscais, é factível. Mas observa que no ano passado, a maior parte dos recursos do auxílio acabaram indo para pessoas que não tiveram perda de renda do emprego informal, ou seja, não tiveram finalidade emergencial. “O ponto é que você deu muito dinheiro para famílias que não foram impactadas em nada pela crise”, diz em entrevista.

No final de 2020, estava claro que o auxílio não seria renovado. Nunca foi o plano A do governo. Obviamente, o cenário mudou, tivemos uma segunda onda, com nova cepa, piora em Manaus. Isso mudou a temperatura no Congresso quanto à necessidade de novo auxílio. Mas sou bem crítico sobre como foi feito o auxílio no ano passado. No primeiro programa, tudo bem, porque não se sabia o que estava acontecendo. Mas renovamos duas vezes o programa sem ter nenhum estudo técnico.

Via: Notícias ao Minuto