Amazonas – Em 2013, uma ação da Procuradoria-Geral da República (PGR) foi aberta contra o senador eleito pelo Estado do Amazonas Eduardo Braga (MDB), para investigar se o parlamentar teria envolvimento em possíveis fraudes em licitação, peculato e até mesmo formação de quadrilha. A ação movida contra Braga é referente à desapropriação de um terreno para construção de casas populares, em Manaus, quando o agora senador comandava o poder executivo do Amazonas.

De acordo com o pedido, a PGR alegou que o terreno comprado pela empresa “Colúmbia Engenharia”, em abril de 2003, no montante de R$ 400 mil, porém, dois meses o governo do Amazonas, comandado então por Braga, comprou o terreno e de quebra ainda indenizou a empresa de engenharia no valor de R$ 13 milhões. O que implica em uma super valorização no terreno em 3.100%, calculado em um intervalo de tempo muito curto.

A PGR disse na época que haviam indícios de que Eduardo Braga teria contribuído para o desvio de vultosa quantia dos cofres do estado do Amazonas”. O pedido foi encaminhado para o STF (Supremo Tribunal Federal) e aceito pelo ministro Gilmar Mendes, além determinar também a quebra do sigilo bancário da empresa envolvida no caso e novas investigações. Na época, a notícia envolvendo o nome de Braga ganhou os holofotes na capital do Amazonas, só que de maneira negativa.

Agora, o pleito estadual se aproxima e Eduardo Braga já mira seus próximos passos rumo ao governo do Estado. Nesta quarta-feira (3), o nome do parlamentar foi citado envolvendo um blogueiro da capital conhecido por disseminar “fake news” e que estaria sendo financiado por Braga para atacar o governo do Amazonas e a prefeitura de Manaus. Vale ressaltar que essa não é a primeira vez que o senador teria envolvimento com as chamadas “milícias digitais”.

Em meados do 2020, a imprensa manauara expôs informações que o senador estaria financiando um chamado “gabinete do ódio” que usa de blogs e portais para atacar os inimigos de Braga através de matérias e banners que destroem e denigrem a imagem de seus opositores. Informações também deram conta que um dos sócios do senador e um dos possíveis líderes dessa milícia, seria seu ex-assessor Wagner Cunha.

Vale lembrar que após denúncias do envolvimento de Braga e Wagner, o senador optou por desliga-lo de suas atividades parlamentares, porém segundo informações dos bastidores, a relação entre os dois ainda continuam.