O gabinete do ex-governador do Amazonas e Líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM) está sendo acusado de ter criado páginas no Instagram e outras redes sociais para atacar opositores do governo e, dessa forma retomar sua atuação política no estado.

Braga ainda, de acordo com a Procuradoria-Geral da República, por determinação do Supremo Tribunal Federal, está sendo investigado por meio de inquérito, por suspeita de formação de quadrilha, fraude em licitação e peculato, em um caso referente à desapropriação de um terreno para construção de casas populares, em Manaus, quando Braga era governador do Amazonas, no ano de 2003 a 2011.

O inquérito destaca que o terreno foi comprado pela empresa Colúmbia Engenharia, em abril de 2003, por R$ 400 mil, e dois meses depois, o governo do estado do Amazonas desapropriou o terreno e pagou R$ 13 milhões de indenização à empresa. Uma valorização de aproximadamente 3.100%. E diz ainda que “há indícios de que Eduardo Braga teria contribuído para o desvio de vultosa quantia dos cofres do estado do Amazonas”.

A abertura do inquérito foi autorizada pelo ministro Gilmar Mendes, após o pedido da procuradoria, para apurar as suspeitas contra Eduardo Braga. Mendes determinou também a quebra do sigilo bancário da empresa envolvida no caso e novas investigações. Só depois disso é que o Supremo poderá decidir se abre uma ação penal contra o senador. Além dele, são investigadas mais seis pessoas.

Apesar de todas as acusações envolvendo o senador, ela ainda é suspeito de ter ligação com a milícia digital atuando no estado do Amazonas, responsável por fake news e disseminação de discursos de ódio, contra os opositores do senador.

Nas últimas eleições, a suposta organização criminosa foi ‘desmascarada’ por internautas e eleitores, após ter criado e utilizado várias páginas ‘fakes’ para disseminar notícias falsas contra políticos e candidatos ao cargo de Prefeito, isso porque, Braga, estava apoiando o candidato Amazonino Mendes.