Amazonas – “Os que hoje me cobram são os mesmos que lá atrás não fizeram as cobranças devidas. Hoje mudaram de postura e veem a pandemia como palco político, infelizmente”, afirmou o governador do Amazonas, Wilson Lima, durante sua mensagem na abertura dos trabalhos da Assembleia Legislativa dos Amazonas (ALE).

Ele se referiu a deputados e políticos que lhe fazem oposição, que ocupam cargos públicos há muitos anos e nunca se manifestaram contra a forma como o Amazonas vinha sendo administrado, sobretudo na área da saúde, e hoje não colaboram proativamente limitando-se a criticar.

Ele destacou que se a população do Amazonas, interior e capital, tivesse que passar pela pandemia da Covid-19 na situação que a saúde do Estado estava seria lastimável.

Quando eu assumi o governo, o interior estava esquecidos e a saúde abandonada”.

Lima afirmou que somente no último ano a rede de assistência da saúde foi ampliada em 134% e que todos os municípios passaram a ter Unidades de Cuidados Intermediários (UCIs) e que o passo seguinte será implantar UTIs no interior do Estado, o que nunca aconteceu.

O governador salientou estar fazendo a maior ampliação da rede de saúde do Estado num período tão curto de tempo.

Criticando diretamente o ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto, disse que “ano passado a prefeitura de Manais simplesmente virou as costas para a pandemia e fez de conta que não tinha nenhuma responsabilidade com a saúde dos manauaras”.

Lima observou que das mais de 200 Unidades Básicas de Saúde da capital o executivo municipal disponibilizou somente 18 para quem procurava atendimento por Covid-19. E os atendimentos eram de segunda a sexta-feira em horário comercial.

ALE e Órgãos de Controle

Ao falar sobre a Assembleia Legislativa, Lima destacou estar aberto ao diálogo e a construção de parcerias. “Temos convergido em pautas diversas e divergido muito também, o que engrandece o diálogo e colabora para a pluralidade das ações e percepção de prioridades”.

Sobre ós órgãos de controle salientou a presença constante dos representantes acompanhando cada decisão do Estado, sobretudo nas questões relacionadas a saúde. “Eles têm sido nossos companheiros constantes, acompanhando de perto cada decisão tomada”.

O aumento real foi de 4,98%, de janeiro a outubro de 2020, em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, o Estado também fez o maior repasse constitucional da história aos municípios: R$ 1,79 bilhão até o segundo quadrimestre de 2020.