Manaus – Na última semana, quando a capital do Amazonas viveu um verdadeiro caos pela falta de oxigênio para pacientes infectados pelo novo coronavírus, o presidente do Sindicato dos Médicos do Amazonas, Mário Vianna, denunciou em suas redes sociais que médicos do Estado estaria praticando eutanásia (Ato intencional de proporcionar a alguém uma morte indolor para aliviar o sofrimento causado por uma doença incurável ou dolorosa), nos pacientes com Covid-19 tratados nos hospitais de Manaus para liberar mais leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).

Entidades ligadas aos médicos do Amazonas repudiaram as declarações de Vianna. Após o radialista Ronaldo Tiradentes mostrar o caso em seu programa “Manhã de Notícias”, o presidente do Sindicato dos Médicos processou a emissora que, segundo Tiradentes, está processando por não gostar da verdade. O radialista também informou que Vianna o chamou para um debate, porém a proposta não foi aceita.

Ainda no programa, Ronaldo Tiradentes afirmou que o médico está sem trabalhar há anos e recebe um salário de R$30 mil mensais e um também detém um contrato milionário com o governo do Estado. Fora essas acusações, Ronaldo afirmou que o médico usa o cargo no sindicato para montar um “gabinete de empregos” para sua família, o que se configura como nepotismo. O radialista também questionou o uso do cartão corporativo do sindicato que Vianna tem em suas mãos.

Para quem não conhece o médico, Mário Vianna “ganhou” os holofotes da imprensa no início de 2020 por usar de sua influência no sindicato para ingressar com um pedido de impeachment do governador do Estado Wilson Lima (PSC), que foi acatado pelo presidente da ALE-AM (Assembleia Legislativa do Amazonas) Josué Neto, e recusado por votação dos deputados da casa.

Informações dos bastidores da política dão conta que o médico é aliado aos caciques que possuem forte influências no Estado, e assim como eles, tenta “derrubar” os inimigos do grupo.