Do G1 AM

O governador Wilson Lima afirmou que avisou ao Ministério da Saúde e aos órgãos de controle todas as informações relacionadas à crise do oxigênio em Manaus. Nesta quarta-feira (27), ele inaugurou o hospital de campanha que vai funcionar na área externa do Hospital Delphina Aziz. O ministro Eduardo Pazuello era aguardado no evento, que constava inclusive de sua agenda oficial, mas não compareceu.

“Todas as situações que nós estávamos passando aqui em Manaus foram comunicadas ao Ministério, aos órgãos de controle, inclusive quando a gente teve a primeira sinalização de que nós teríamos problemas com o oxigênio, foram comunicadas aos órgãos de controle”, disse.

“Quando eu recebi o comunicado da empresa de que, no dia seguinte, a gente teria problemas de abastecimento e que haveria unidades que não receberiam o oxigênio, eu convidei todo mundo. E isso era 2h, 3h da manhã, para fazer esse comunicado: ‘Olha, acabei de receber a informação da empresa, que hoje nós vamos ter problema no abastecimento de oxigênio. A empresa só informou isso agora, por isso estou chamando vocês de madrugada, para explicar a situação, dividir a responsabilidade e não ser omisso em nenhum momento’”, afirmou.

O governador do Amazonas reforçou, ainda, que tem repassados todas as dificuldades encontradas ao governo federal. “Todas as decisões que temos tomado são em conjunto com o comitê montado por representantes do governo federal, do governo estadual, da Força Aérea Brasileira, do Exército, da prefeitura de Manaus, enfim, todo mundo tem conhecimento do que estamos fazendo”.

Segundo Wilson Lima, houve uma preparação para a crise considerando os acontecimentos entre abril e maio de 2020, no primeiro pico da doença, porém disse que não contava com a nova variante do vírus com um poder maior de transmissibilidade.

Situação desconhecida

Na terça-feira, o governador do Amazonas esteve com o ministro da Saúde para inaugurar o hospital de campanha que começou a funcionar no complexo Nilton Lins.

Pazuello disse que a alta de casos no estado registrada no começo do ano “foi uma situação completamente desconhecida para todo mundo”. O ministro chegou a Manaus na noite de sábado (31) e não tinha cumprido nenhuma agenda pública.

Pazuello também disse que o governo deve remover 1,5 mil pacientes com Covid-19 do Amazonas para outros estados para receber tratamento médico. O número é seis vezes maior do que o objetivo inicial, que era transferir 235 pessoas.