Manaus – A ausência de atendimento em UBSs (Unidades Básicas de Saúde), em Manaus, foi tratada como o principal fator de influência direta ao aumento de internações e óbitos por Covid-19 na capital, pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante pronunciamento, na manhã desta quarta-feira, 13. Na ocasião, ele tratou das medidas adotadas pela pasta, para auxiliar no enfrentamento à pandemia do novo coronavírus na cidade.

De acordo com ele, de mais de 100 unidades de competência da Prefeitura de Manaus, apenas 18 atuam no atendimento à população com este perfil. “Não tivemos foco no atendimento primário em Manaus. Nas mais de uma centena de UBSs (instaladas na cidade), 18 atendem triagem para a Covid, quando deveriam ser todas”, criticou.

A estratégia de restringir o número de UBSs para o atendimento de pessoas acometidas pela Covid-19 na capital foi criada durante a gestão do ex-prefeito, Arthur Virgílio Neto. Ele deixou o cargo após oito anos de gestão, com a capital amargando um resultado considerado ruim pelo atual prefeito, David Almeida, o qual afirmou que Manaus tem a pior cobertura de Atenção Básica entre as capitais brasileiras.

Dados do próprio Ministério da Saúde mostram que mais de 723,5 mil pessoas residentes em Manaus, ficam de fora da cobertura, o que compromete as redes de média e alta complexidade. Para o ministro, a omissão da Prefeitura gerou aumento de hospitalizações nas unidades de atendimento especializado. “Vai cair onde? Numa estrutura superlotada, impactada”, frisou, sobre pacientes sem o diagnóstico precoce.