Brasil – Pelo menos seis condenações judiciais a pagamentos de danos morais a funcionários, a qual o Uol teve acesso, revelam que o fundador das Casas Bahia, Samuel Klein, morto em 2014, usava o dinheiro de caixas das lojas para o pagamento de “garotas de programa”.

Em todas as situações jovens garotas, algumas com 16 anos de idade, apontadas como “garotas de programa”, iam em diferentes lojas, onde eram autorizadas pelo fundador a furar filas e pegar valores entre R$ 1o mil e R$ 150 mil dos caixas.

É possível notar uma semelhança no modo como pai e filho atuavam. Ambos se relacionavam sexualmente com grupos de jovens garotas, que depois recolhiam os pagamentos com os empresários.

As decisões judiciais também revelam que havia o uso irrestrito da estrutura e dos recursos das Casas Bahia para a remuneração das garotas que viajavam para São Paulo e passavam dias com Samuel Klein. Depois, essas meninas dirigiam-se à grandes lojas para retirada de produtos ou grandes quantias em dinheiro.

Em um dos processos, de uma loja de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, uma testemunha afirma que recebia telefonemas de Samuel Klein em que mandava realizar pagamentos a título de “ajuda escolar” a essas garotas.

João da Costa Faria, advogado de Samuel Klein, afirmou ao Uol que os fatos são “altamente atentatórios à memória de um empresário venerado em todo o país, principalmente, por atos de inigualável solidariedade humana, com predominância aos menos favorecidos”.

arejo não comentará sobre a gestão anterior”, afirmou, em nota, a responsável pela gestão das Casas Bahia.

Saul Klein

Saul Klein, filho do fundador das Casas Bahia, Samuel Klein (1923-2014), entregou o passaporte à Justiça e está proibido de ter contato com 14 mulheres que o acusam de aliciá-las e estuprá-las em festas em sua casa, localizada em Alphaville (SP), desde 2008.

Segundo a coluna Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, as medidas são precauções solicitadas pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) para o andamento da investigação das denúncias, que estão mantidas em segredo de Justiça em um inquérito policial aberto na Delegacia de Defesa da Mulher de Barueri.

Em julho, a polícia arquivou um outro inquérito com alegações semelhantes e que apurava exploração sexual de uma menor de idade por parte de Klein.

À reportagem, a defesa do empresário afirmou que Klein é um sugar daddy, ou seja, um homem que têm fetiche em sustentar financeiramente mulheres jovens em troca de afeto e sexo. O advogado, porém, garante que ele não cometeu os crimes apontados pelas vítimas.

Fonte: Metrópoles