Manaus – Profissionais de comunicação que atuam no grupo Diário do Amazonas e Record News, empresas sob a administração de Ciro Batará, informaram nesta sexta-feira, 11, que pretendem paralisar as atividades desempenhadas por conta do atraso de salários.

Segundo os jornalistas, há pelo menos dois meses, os depósitos não são realizados até o quinto dia útil, como manda a legislação. Eles reclamam ainda se constantes coações contra a classe, vindas de representantes da diretoria do veículo.

O repórter cinematográfico de 37 anos, João Carlos*, afirma que já sofreu coação por cobrar posicionamentos do departamento financeiro sobre o pagamento de salários.

“Nós não recebemos nenhum tipo de explicação, eles sempre têm uma desculpa. Vivem afirmando que pagarão na próxima semana, mas essa semana nunca chega. Parece que nós somos os vilões de exigir algo que é nosso por direito. Trabalhamos e o pagamento de salário é obrigação e não favor que a empresa oferta”, desabafa João.

A jornalista de 28 anos, Maisa Portugal*, afirma que tem usado o próprio dinheiro para custear alimentação e o transporte para trabalhar diariamente.

“Estamos enfrentando tempos difíceis por conta da pandemia, indo para pautas externas e nos expondo a todo tipo de sorte. Com o atraso de salários não temos nem certeza sobre as compras comuns da casa, quanto mais da ceia de natal. o que fazem conosco é um desrespeito e humilhação sem precedentes”, desabafa Maisa.

Direito à greve

O direito de greve é assegurado aos trabalhadores pelo artigo 9º da Constituição Federal (CF), sendo regulamentado
pela Lei nº 7.783/89, que tem por objetivo defender interesses da categoria profissional.

(*) Os nomes fictícios usados na matéria foram utilizados para manter o sigilo das fontes