Do Estadão

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse ontem que o governo prorrogará o auxílio emergencial caso a contaminação por coronavírus volte a subir no Brasil. “Prorrogação do auxílio emergencial se houver segunda onda não é possibilidade, é certeza. Se houver segunda onda da pandemia, o Brasil reagirá como da primeira vez. Vamos decretar estado de calamidade pública e vamos recriar auxílio emergencial”, afirmou.

Segundo o ministro, essa não é a expectativa, mas há previsão pela equipe econômica de contingência. “O plano A para o auxílio emergencial é acabar em 31 dezembro e voltar para o Bolsa Família. A pandemia descendo, o auxílio emergencial vai descendo junto. A renovação não é nossa hipótese de trabalho, é contingência”, completou.

Em evento virtual organizado pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados), Guedes disse que, se houver prorrogação, a ideia é que o país gaste menos do que no primeiro enfrentamento da pandemia. “Em vez de gastar 10% do PIB, talvez gastemos 4%.”

Guedes voltou a dizer que o plano era que o auxílio emergencial “aterrissasse” no Bolsa Família ou Renda Brasil,  que ainda está em estudo. “Politicamente, o programa Renda Brasil não foi considerado satisfatório pelo presidente. No meio da eleição, não era hora de ter essa discussão”, contou.

O ministro da Economia afirmou ainda que o valor pago como auxílio emergencial, que foi inicialmente de R$ 600, ficou acima do que ele esperava, que era de até R$ 400. Para Guedes, os R$ 600 podem ter sido um “exagero”.