Manaus – Recentemente foi percebido que a empresa JBS (empresa investigada por corrupção durante o governo do presidente Michel Temer), está anunciando no site “D24am” pertencente ao Grupo Diário de Comunicação.

Informações de bastidores da política, dão conta que um dos diretores da emissora seria sobrinho do senador Eduardo Braga (MDB), que já foi citado no esquema de propina entre a JBS e o partido do parlamentar.

A nova parceria entre a empresa investigada pela Polícia Federal e o grupo ligado a Braga, deixou alguns analistas políticos e jornalistas do Estado do Amazonas em sinal de alerta.

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A JBS se tornou o centro de denúncias contra Michel Temer, após notícia de que um de seus donos, Joesley Batista, teria gravado o presidente dando aval à compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A empresa faz parte do grupo J&F, que controla os negócios da família Batista e inclui em sua lista marcas como Vigor, Alpargatas, Banco Original, Âmbar (energia térmica e eólica) e Flora (limpeza e cosméticos, como sabão Minuano e xampu Neutrox).

Joesley e seu irmão, Wesley Batista, fizeram um acordo que prevê que os dois não serão denunciados criminalmente pelo Ministério Público Federal, segundo informações do jornal “O Estado de S. Paulo”. Eles não correm risco de risco de serem presos ou usar tornozeleira eletrônica, e poderão continuar à frente de suas empresas. O grupo é alvo de operações da Polícia Federal (PF) desde 2016.

Joesley Batista afirmou que J&F repassou R$ 41 milhões a senadores do MDB a pedido do PT

O empresário Joesley Batista afirmou, em delação que embasa a investigação da Lava-Jato contra parlamentares do MDB e os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, que o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega solicitou a ele dinheiro para a compra de apoio político emedebista ao PT nas eleições de 2014. 

Na delação, Joesley afirmou que Mantega entregou a ele um papel com os nomes dos senadores a serem contemplados e os supostos valores que eles receberiam. Os repasses teriam sido operacionalizados pelo executivo Ricardo Saud, que teria se encontrado com ele em um almoço no restaurante La Tambouille, em São Paulo, no dia seguinte.

Os senadores, segundo Saud, seriam Eduardo Braga (AM), Vital do Rêgo (PB), Jader Barbalho (PA) e Renan Calheiros (AL), para quem seriam entregues R$ 8 milhões cada, além de Valdir Raupp (RO), que receberia R$ 2 milhões, e Kátia Abreu (TO), sem valor informado pelo colaborador. De acordo com a delação, o documento, que também informava o Estado de cada parlamentar, era conhecido como “Planilhão das doações de 2014”.

Após mudanças nos cálculos, de acordo com o documento da PF, o repasse ao MDB teria subido para R$ 41 milhões, sendo:

  • R$ 9 milhões para Jader Barbalho (dos quais R$ 3 milhões teriam ido para a campanha do filho, Helder Barbalho, ao governo do Pará);
  • R$ 12 milhões para Renan Calheiros (dos quais R$ 3 milhões teriam ido para campanha de Renan Filho ao governo de Alagoas);
  • R$ 6 milhões para Eduardo Braga, Vital do Rêgo e Eunício de Oliveira, cada; 
  • R$ 2 milhões para Valdir Raupp.

Sobre o caso, o senador disse:

Eu recebi um agendamento de oitiva. E, como sempre, presto todos os esclarecimentos e apoio toda e qualquer operação. Agora, o que não é justo é fake news dizer que imóveis e gabinete tenham sofrido busca e apreensão. Eu não sofri busca e apreensão“, disse Braga.

Da redação Portal Baré

Com informações, UOL e GZH