Manaus – A cena, que circula nas redes sociais, foi gravada por um popular, que não será identificado, e mostra o momento em que o Policial Militar agride a uma mulher com um tapa no rosto. O policial, que na ocasião não usava identificação, como sendo Ramiro da Silva Luna, policial militar, cabo da 24ª Cicom.

No vídeo uma dupla de policiais aborda um casal em meio a praça pública, localizada próximo a Avenida Ramos Ferreira, até o momento em que Ramiro Luna acerta uma mulher, que cai para trás com um tapa na cara. Populares, incrédulos com o absurdo interviram a agressão, enquanto o policial agressor caminha em direção a câmera, até o vídeo cortar.

Segundo a principal testemunha ocular, o agressor o apertou o braço e o pressionou que apagasse o vídeo, em plena luz do dia, em frente a outros civis. Em seguida, o vídeo foi postado e viralizou pela internet. Vale ressaltar o fato de que o policial não usava identificação, o que fere frontalmente ao regulamento da corporação.

As imagens foram feitas por usuários do Instagram, e levaram à identificação de Ramiro da Silva Luna

O policial, Ramiro Luna, restringiu o acesso ao seu perfil no Instagram, após a péssima repercussão. Outras testemunhas no local fizeram registro da viatura usada na ocorrência. As informações postadas pelos usuários nas redes sociais foram cruciais para a identificação do policial Ramiro Luna.

Após identificado, a reportagem do Puraqui levou as informações do agressor até a corregedoria da polícia militar, que tinha conhecimento dos fatos, porém ainda não havia identificado o agressor. No momento da apresentação da denúncia, o fato já estava sendo apurado pela Corregedoria da Policia Militar do Estado do Amazonas.

A recomendação do órgão é que atitudes como essa sejam (se possível) registradas, e denunciadas através do E-mail:

[email protected]

Confira o vídeo:

https://www.instagram.com/p/CGCuwbxDi-C/?utm_source=ig_web_button_share_sheet

Além do óbvio

A simples publicação de conteúdo critico por parte do jornalismo, contra atitude de indivíduos dentro da polícia militar é motivo para polarização. As pessoas sentem-se representadas por atitudes de abuso de autoridade, mas precisam entender que o papel do jornalismo é questionar e equalizar o poder.

O estado usa do seu dinheiro para o aparato de segurança pública. Assim como o estado tem poder suficiente para sufocar a sua liberdade individual, de lhe bater, e de lhe calar. O jornalismo é uma forma para que você tenha alguma chance de estar de igual para igual com quem tem mais poder que você.

Quando o cidadão defende a atitude criminosa dentro de qualquer instituição pública, ele está afirmando que não existe problema no fato que crimes sejam cometidos por autoridades, seja um vereador, seja um policial, seja um agente de portaria.

O jornalismo é um poder fiscalizador, que garante direitos. O puraqui não tem intenção de ser injusto com a PM-AM. É uma instituição histórica, que merece respeito. Mas iremos sempre fiscalizar para que você, ou eu, nunca sejamos vítimas dos crimes de quem mancha a farda dessa corporação.

Cerca de 85% das denúncias contra policiais militares são arquivadas, então temos a obrigação, como jornalistas e cidadãos, de fiscalizar o poder público em todas as suas instancias.

Fonte: Puraqui News