Brasil – Além de cortar o auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300, o governo Bolsonaro ainda deve excluir cerca de 5,7 milhões do pagamento do benefício até o final do ano. A estimativa foi feita pelo próprio governo nesta terça-feira (29), durante o anúncio do início do pagamento das novas parcelas. Todas essas pessoas não estão incluídas no Bolsa Família.

E não é só isso. Nessa fase do programa, chamada de “extensão” do auxílio emergencial, só terão direito a receber as quatro parcelas quem começou a ganhar o benefício em abril. Pelas contas do governo, 15,4 milhões de beneficiários estão fora dessa condição.

Mas muitos brasileiros se inscreveram para receber o valor, pago a quem perdeu renda com o novo coronavírus, e ficaram à espera da análise do cadastro por parte do governo, o que demorou em muitos casos, mais de um mês. Ou seja, parte desses 15 milhões será duplamente prejudicada pelo atraso na avaliação de sua inscrição no programa.

Regras mais duras

Regras mais duras para a concessão do novo auxílio estão entre os motivos para essa diminuição de beneficiados. “Seriam pessoas que deixariam de receber o auxílio extensão por evolução, vamos dizer assim, do processo e do aprendizado que tivemos em relação a essa política pública”, disse o secretário-executivo do Ministério da Cidadania, Antônio José Barreto.

A Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) já havia denunciado essa exclusão. O presidente da entidade, Sérgio Takemoto, disse que o auxílio “é um recurso necessário tanto para a sobrevivência destes trabalhadores como para a manutenção da atividade econômica”.

Para essa fase do programa, chamada de “extensão” do auxílio emergencial, o governo excluiu quem conseguiu emprego formal nesse período. Também foram tirados do pagamento os que receberam benefício previdenciário, seguro-desemprego ou programa de transferência de renda federal após o recebimento de auxílio emergencial (exceto Bolsa Família).

Fonte: Revista Fórum