Os serviços de Atenção Básica em saúde oferecidos pela Prefeitura de Manaus alcançaram mais de 1,398 milhão de pessoas no mês de julho, o equivalente a 64,09% da população da cidade. Este é o melhor desempenho do serviço de Atenção Básica desde janeiro de 2009. O crescimento foi registrado, também, na cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF), que chegou ao patamar de 43,47% no mesmo mês, com mais de 948 mil pessoas acompanhadas em todos os distritos de saúde, se configurando como o maior índice alcançado desde 2007, quando o Ministério da Saúde começou a registrar o desempenho das cidades brasileiras.

Os índices estão no Relatório de Cobertura da Atenção Básica da plataforma e-Gestor, de informação e Gestão da Atenção Básica, do Ministério da Saúde, que apresenta a cobertura populacional estimada de equipes de Saúde da Família (eSF) e de equipes de Atenção Básica (eAB).
“Manaus vem mantendo uma curva positiva na cobertura de serviços de atenção primária. Isso significa que os investimentos na área da saúde estão apresentando bons resultados. Desenvolvemos ações no sentido de melhorarmos cada vez mais esse alcance, principalmente em um período de pandemia, no qual muita gente perdeu emprego e, consequentemente, o acesso a planos particulares de saúde, migrando para o serviço público. É obrigação do gestor, absorver essa demanda e atender da melhor forma possível e é o que temos feito”, assegura o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto.

Os indicadores são utilizados para o monitoramento do acesso aos serviços de Atenção Básica, fortalecendo o planejamento do Sistema Único de Saúde (SUS). A consulta pode ser feita no link https://egestorab.saude.gov.br.

A Equipe de Saúde da Família é vinculada a uma Unidade Básica de Saúde (UBS). Esse nível de atenção é capaz de resolver até 80% dos problemas de saúde da população. Para os cuidados mais avançados, a ESF faz o encaminhamento necessário para a média e alta complexidades. Em julho, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) contava com 275 equipes.

O secretário municipal de Saúde, Marcelo Magaldi, destaca que entre os avanços que permitiram alavancar a cobertura da Atenção Básica, está a criação da Escola de Saúde Pública (Esap), que atua no âmbito da especialização em Saúde Pública e Programa de Residência Médica de Família e Comunidade. “A Esap contribui não só para a qualificação dos profissionais bolsistas, mas para o incremento da cobertura da Atenção Primária à Saúde”, lembra Magaldi.

Além disso, Magaldi aponta os investimentos em infraestrutura, como a inauguração de quatro Unidades Básicas de Saúde Móveis, que passaram a atender as necessidades e prioridades em saúde dos cidadãos que residem em áreas de expansão da cidade e de vulnerabilidade social, considerando as dimensões epidemiológica, demográfica e socioeconômica. E, ainda, novas unidades de saúde, inclusive Clínicas da Família, já em funcionamento – uma delas, a Carmen Nicolau, que deu total suporte ao hospital de campanha municipal, na zona Norte, nos atendimentos a casos de Covid-19.

Entre os anos de 2013 e 2019, a Semsa registrou oscilações na cobertura da Atenção Primária, como a demissão, sem aviso prévio, de 232 profissionais da Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM), que atuavam em 21 UBSs da Semsa, no fim do mês de maio de 2019, além da cessão de 40 médicos do município para instituições de saúde do Estado contribuíram para que houvesse uma redução na cobertura em Manaus. Soma-se a isso, o fim do programa ‘Mais Médicos para o Brasil’, do governo federal, e a dificuldade de fixação de médicos na Atenção Básica.