O laudo realizado pelo Instituto de Polícia Científica (IPC) a fim de investigar a morte de um menino de 4 anos, no último sábado (19/9), mostrou a existência de várias lesões na criança e que a causa foi traumatismo craniano após espancamento.


O caso foi registrado em Campina Grande, no Agreste da Paraíba, após Samuel Lucas Bernardo da Silva ser levado pela madrasta ao Hospital de Emergência e Trauma na cidade. De acordo com o diretor do IPC, Márcio Leandro, a suspeita de violência sexual foi descartada. Segundo ele, a criança foi espancada, teve grande fluxo de sangue e o fígado explodiu devido ao choque.


De acordo com o diretor do IPC, Márcio Leandro, a suspeita de violência sexual foi descartada. Segundo ele, a criança foi espancada, teve grande fluxo de sangue e o fígado explodiu devido ao choque.

Ele afirmou ainda que a vítima apresentava lesões nos pés e no couro cabeludo, rupturas abdominais, como também, lesões cicatrizadas, em fases de cicatrização e outras recentes, indicando que a violência já acontecia há um tempo. Márcio apontou ainda que, além de ser espancado, o menino sofreu violência física e psíquica.


A suspeita de cometer o crime é a madrasta da criança, que está presa. Ela encaminhou o menino à unidade hospitalar e disse que ele teria sofrido uma queda. Contudo, médicos identificaram marcas no corpo da vítima.


De acordo com a delegada Nercília Dantas, as declarações da madrasta do menino, de 24 anos, não condizem com as informações apuradas na investigação. “Ela disse em depoimento na delegacia que estava na companhia de um homem em sua casa, que seria uma espécie de ‘amante’, e que esse homem teria saído dessa residência por volta das 6h30, com destinado a um município de Pernambuco. Mas nós realizamos várias diligências e constatamos que essa informação é falsa. Os próprios vizinhos da suspeita nos disseram que não têm conhecimento de que esse suposto homem freqüenta aquela casa”, explicou.


O tenente Diego informou que foi realizada uma articulação com as polícias de Pernambuco. O suposto ‘amante’ da mulher foi localizado pela polícia pernambucana e informou, com a confirmação de testemunhas, que já faz mais de dois meses que não foi à Campina Grande.


Segundo a polícia, a madrasta de Samuel tentou, em depoimento, insinuar que o menino teria sofrido violência sexual antes de ser espancado e morto, mas exames periciais descartaram qualquer abuso sexual na criança.


Diante das evidências, a Polícia Civil pediu a prisão preventiva da madrasta de Samuel, que permanece detida desde sábado. Ela é a atual companheira do pai de Samuel, que cumpre pena no presídio do Serrotão. Há cerca de um mês que a criança estava sob guarda da madrasta.