A primeira-dama de Manaus, Elisabeth Valeiko Ribeiro, é o principal alvo, ou melhor, era, de uma operação do MP/AM, denominada “Operação Héstia, cujo propósito é investigar a prática de lavagem de dinheiro, que envolve a esposa do prefeito Arthur Neto e, pessoas próximas a ela.

As investigações estavam sendo comandadas pelo Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO), da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM), juntamente com o Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (GAECO), do MP/AM. O nome “Operação Héstia”, se refere a deusa grega do lar, lareira, arquitetura, vida doméstica, família e estado. Conforme documentos vazados da operação, as investigações duraram do período de 14/10/2019 a 02/12/1019, quando foram misteriosamente suspensas.

O que chamou a atenção do grupo operacional envolvido no caso, assim como, dos ‘desafetos’ nos bastidores da casa civil, foi o fato de as investigações terem sido suspensas no mesmo período em que ocorreu a nomeação de Luciano Mauro Nascimento Albuquerque, irmão da procuradora-geral do Ministério Público do Amazonas (MPAM), Leda Mara Albuquerque, responsável pela operação.

Este foi supostamente o acordo feito entre o prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto (PSDB) e Leda Mara Albuquerque (MPAM), para suspender a operação em torno da primeira-dama Elisabeth Valeiko, fato este que seria um escândalo para o atual prefeito e catastróficas para sua gestão, pois os crimes em que ela estaria supostamente ligada é o de lavagem de dinheiro, aumento de patrimônio e enriquecimento ilícito, não só dela, como de familiares.

A nomeação de Luciano Mauro Nascimento Albuquerque, irmão da procuradora-geral do Ministério Público do Amazonas (MPAM), Leda Mara Albuquerque, ocorreu no dia 13 de fevereiro deste ano, segundo consta no Diário Oficial do Município (DOM). O cargo é de assessor técnico I, da Casa Civil da prefeitura. As investigações foram suspensas há exatamente 73 dias após o acordo.

Segundo documentos das investigações, a casa lotérica Las Vegas, situada na Rua Franco de Sá, nº310, loja 15, no térreo do Edifício Atrium, no bairro São Francisco, zona Sul de Manaus é de Eliana Fernandes da Cruz e Igor Gomes Ferreira, que juntos tem direito a 1% do lucro. A lotérica seria utilizada para lavar dinheiro proveniente de corrupção. Igor é genro da primeira-dama Elisabeth Valeiko que possui 99% de todo o lucro obtido.

Ainda segundo as investigações, o dinheiro advindo de corrupção era transportado por Eliana em um veículo Jeep Compass branco de placas PHD-5027.

Segundos fontes do órgão onde Leda atua, existem outras nomeações dadas pela procuradora-geral do Ministério Público do Amazonas (MPAM) em troca de “favores”. Ainda segundo fontes, existe uma uma representação feita contra Leda Mara Albuquerque no Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).