Engajado em temas envolvendo a defesa do meio ambiente, o ator Leonardo Dicaprio usou suas redes sociais para aderir ao movimento ‘DefundBolsonaro’ (desfinancie Bolsonaro, em português), promovido pela Apib (Articulação dos Povos Indígenas do Brasil).

O ator compartilhou um vídeo da Apib que mostra cidades da Europa em chamas, chamando a atenção para o que está ocorrendo no Brasil, usando as hastags #AmazonOrBolsonaro (Amazônia ou Bolsonaro) e #WhichSideAreYouOn (de que lado você está) #DefundBolsonaro.

A campanha tem como objetivo denunciar internacionalmente o estrago e descaso do governo Jair Bolsonaro com a Amazônia, que tem registrado recordes de queimadas e virou alvo de ação de garimpeiros.

Ministro rebate DiCaprio

Também usando as redes sociais, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, rebateu as críticas do ator Leonardo DiCaprio e indagou a ele se vai “colocar seu dinheiro onde sua boca está” ao perguntar se o ator de “Titanic” e “O Regresso” irá contribuir com um programa de preservação de florestas lançado pelo governo federal.

“Caro @LeoDiCaprio, o Brasil está lançando o projeto de preservação ‘Adote Um Parque’, que permite a você ou qualquer outra empresa ou indivíduo escolher um dos 132 parques na Amazônia e patrociná-lo diretamente por 10 euros por hectare por ano. Você vai colocar seu dinheiro onde sua boca está?”, escreveu o ministro na mensagem em inglês.

Esta não é a primeira vez que o ator Leonardo DiCaprio critica a política ambiental do governo Bolsonaro. No ano passado, o astro de Hollywood postou a foto de uma mensagem dos povos Yanomami e Ye’kwana, que pediam pela retirada do garimpo em suas terras. Na legenda do post, o artista protestou contra a invasão ilegal do território indígena.

“Uma poderosa mensagem dos povos Yanomami e Ye’kwana do norte do Brasil para o mundo. Apesar das leis brasileiras tornarem ilegal a mineração nas terras indígenas Yanomami, milhares de garimpeiros entraram recentemente no Parque Yanomami, uma das maiores reservas indígenas do Brasil, espalhando malária e contaminando rios com mercúrio. A invasão ocorre após o corte no orçamento das operações policiais da Amazônia no Brasil, deixando as áreas protegidas vulneráveis à exploração. A última vez que houve uma invasão nessa escala foi na década de 1980, quando cerca de um quinto da população indígena morreu de violência, malária, desnutrição, envenenamento por mercúrio e outras causas. Em um recente Fórum de Liderança Yanomami e Ye’kwana, os líderes da tribo enviaram uma carta às principais autoridades do Executivo e do Judiciário brasileiro: ‘Não queremos repetir essa história de massacre’, diz o manifesto”, dizia a publicação.

Vale lembrar que DiCaprio foi acusado pelo presidente Jair Bolsonaro de doar dinheiro para “tacar fogo na Amazônia”.

Diante disso, o ator e ativista ambiental respondeu as acusações do presidente brasileiro e negou ter financiado ONGs investigadas por suposto envolvimento nos incêndios, mas elogiou o trabalho das organizações e reiterou que elas merecem apoio.