A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) e a Secretaria de Estado de Educação (Seduc) informaram que testaram 5.154 servidores da educação da rede pública estadual, que atuam no ensino Médio em Manaus, para Covid-19. Dos testados, 94,1% tiveram resultado negativo ou positivo com presença de anticorpos. O número representa 4.849 dos testes realizados. Os dados são do relatório da FVS-AM, órgão responsável pelas testagens e monitoramento do novo coronavírus no estado.

Do total dos números positivos, 305 foram de infecção recente (IgM). “Ou seja, somente 5,9% estavam no período de transmissão ativa da doença”, destacou a Seduc. Entre os casos de IgG, que indicam a contaminação antiga, foram identificados 1.465 casos. De acordo com relatório da FVS-AM finalizado com as informações de 18 de agosto a 8 de setembro, os números indicam que, dos casos notificados como IgG, a provável infecção do vírus se deu por meio de transmissão comunitária, possivelmente entre os meses de abril, maio e junho, no auge da pandemia em Manaus, no período de recesso escolar.

Para acompanhar os casos, a FVS-AM disse que implantou o ‘Sistema de Vigilância Ativa nas Escolas’. A ferramenta faz uma busca, em tempo real, dos casos suspeitos ou confirmados de síndromes respiratórias, incluindo a Covid-19, na comunidade escolar. A vigilância ativa nas escolas da rede estadual é realizada por meio do monitoramento de notificações de casos de síndrome gripal identificados nas escolas no aplicativo Sasi, desde o retorno das aulas presenciais, em 10 de agosto. Conforme os dados da vigilância ativa, até 4 de setembro, 204 casos foram notificados por gestores de 87 escolas, via aplicativo Sasi. Desse total, 140 receberam visita domiciliar da equipe de vigilância, e 46 não atenderam as ligações para agendamento da visita.

“Outros 12 professores não foram encontrados em suas casas, o que significa que tais pacientes, que podem estar em fase de transmissão, não estão atendendo às recomendações do isolamento domiciliar”, informou a Seduc. Segundo a Secretaria de Educação, em relatório enviado pela FVS, o órgão ressalta que, apesar dos esforços, o trabalho de vigilância é comprometido pela falta de contribuição de 35,5% dos que apresentam positividade nos testes, o que caracteriza, no mínimo, uma omissão na responsabilidade com a saúde pública, quanto à necessidade de isolamento social para prevenir a propagação do vírus.