Manaus – Na última terça-feira (1), documentos confidenciais oriundos do MP-AM (Ministério Público do Amazonas) foram vazados e apontam que a esposa do prefeito de Manaus, Elisabeth Valeiko, vem sendo investigada por supostos crimes que ferem a administração pública municipal e lavagem de dinheiro. Fora a esposa do prefeito de Arthur Neto (PSDB), o genro Igor Gomes Ferreira e a filha da primeira-dama Paola Valeiko Molina, são citados no documento e acusados de envolvimento no caso.

De acordo com informações que constam no documento assinado em novembro do ano passado, o Grupo de Atuação Especial ao Crime Organizado (GAECO) teria realizado as investigações, mas durante todos os 10 meses que se passaram, nenhuma operação foi deflagrada contra a família da primeira-dama de Manaus.

No documento do Ministério Público também consta que todos os três investigados teriam conseguido levantar um grande patrimônio em um intervalo de tempo muito curto, que não seria compatível com a atual renda dos investigados. Como prova, os procuradores destacaram compra realizadas pela família que incluem: aquisição de franquias de pizza no valor de R$ 3 Milhões, residências em condomínios de alto padrão, locadoras e concessionarias de veículos, além casas lotéricas.

Segundo informações publicadas em um veículo de comunicação da cidade, a operação teria sido arquivada pela Procuradora Geral do Ministério Público do Amazonas, Dra. Leda Mara Albuquerque, na intenção de proteger a primeira-dama Elisabeth e seus parentes.

De acordo com informações, a ação movida contra os acusados iria prender Elisabeth Valeiko, Igor Gomes Ferreira e Paola Valeiko Molina, mas por algum motivo não declarado e altamente suspeito as prisões não aconteceram. As prisões dos acusados ainda não foram totalmente descartadas.

Veja os documentos:

Perito Ricardo Molina cita caso “Alejandro” em tom ameaçador

No início do ano, o perito forense Ricardo Molina, mesmo que trabalhou no caso “Lorena”, publicou um vídeo nas redes sociais no qual refuta afirmações do caso. Em suas alegações, os promotores teriam afirmado que Molina trabalhou no caso “Nardone”, o que nunca aconteceu. Ele disse que a mesma banca que assiste à acusação o convidou no final de 2019 para atuar no caso “Alejandro”, mas não aceitou.

Em vídeo, Molina diz: “Por que não aceitei? Talvez pelo mesmo motivo que não aceitei o caso Nardone”.

Com toma mais ameaçador, Ricardo Molina disse que poderia revelar o que foi dito na reunião que participou sobre a situação do filho da primeira-dama, suspeito de participar do assinado do engenheiro Flávio Rodrigues.

Seria complicado”” Não vou falar… pelo menos por enquanto. Se não pararem de me atacar, talvez eu fale”, disse Molina

Veja o que Molina disse na íntegra:

Enteado de Arthur Neto é suspeito de assassinar o engenheiro Flávio rodrigues

O crime ocorreu na noite do dia 29 de setembro de 2019 após uma festa na casa de Alejandro Valeiko, no bairro Ponta Negra, na Zona Oeste de Manaus. A vítima, o engenheiro Flávio Rodrigues, teria sido agredido e retirado do local após uma briga. Horas depois, na segunda-feira (30), o corpo de Rodrigues foi encontrado nas proximidades de um igarapé no Tarumã.

Nota do GAECO

O Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (GAECO), órgão do Ministério Público do Amazonas, informa que as investigações envolvendo pessoas citadas, recentemente, em sítio eletrônico continuam sob sigilo. Informações de que a investigação foi arquivada são inverídicas. O GAECO esclarece, ainda, que a divulgação da contrafé dos documentos sigilosos não se deu no Ministério Público e este já requisitou apuração, no âmbito da Polícia Civil do Estado do Amazonas.

Da Redação, Portal Baré