Rodrigo Maia (DEM-RJ) presidente da Câmara dos Deputados defendeu a manutenção do veto do presidente Jair Bolsonaro que impedia o reajuste de servidores públicos até 2021, permitindo que as despesas da União, estados e municípios possam ter um aumento de R$ 98 bilhões. A declaração foi dada nesta quinta-feira (20).

O veto 17 havia sido derrubado pelo Senado na noite desta quarta-feira (19) e seguiu para análise da Câmara. Ao comentar o texto, Maia afirmou que é preciso manter um equilíbrio fiscal, apesar de compreender o veto “É muito importante a sua manutenção, para que a gente possa dar uma sinalização clara que nós queremos, claro, atender a estados, atender a municípios, atender à sociedade, mas tudo dentro do equilíbrio fiscal”.

Caso a Câmara decida manter o veto, não será possível dar reajustes a nenhuma categoria do serviço público até o final de 2021. Caso ele seja derrubado na Casa, o reajuste poderá ser dado pelas autoridades competentes.

O congelamento de reajustes até o fim de 2021 foi negociado pelo governo como contrapartida ao pacote de socorro de R$ 60 bilhões a estados e municípios, afetados pela pandemia de coronavírus. Rodrigo Maia disse que a medida não tem por objetivo ser “contra” os servidores, mas que é importante o setor público ter sua parcela de “sacrifício”.

“Estamos trabalhando para que a gente consiga na tarde de hoje manter o veto. Não tem nada contra o servidor (…) Não dá para que o setor público não dê a sua contribuição (…) Não podemos entender que o sofrimento do setor privado não tenha que ter o mínimo de sacrifício do setor público”, destacou.