O ministro Gilmar Mendes quer pautar “assim que possível” o processo de suspeição do ex-juiz Sergio Moro na Operação Lava Jato.

A ideia é levar o caso à Segunda Turma do STF (Supremo Tribunal Federal). Sobretudo a tempo do voto do decano da Corte, Celso de Mello, que está perto da aposentadoria compulsória por idade. Ele completará 75 anos em 1º de novembro.

A informação foi publicada na manhã de hoje pela revista “Época” e confirmada pelo UOL.

Como presidente da Segunda Turma do tribunal, cabe a Gilmar a decisão quanto a pautar ou não o processo de suspeição de Moro. Este, portanto, na condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), um dos réus da Lava Jato.

Apesar do desejo do ministro, não há como garantir a presença de Mello em uma futura votação.

Isso porque Gilmar quer que a sessão ocorra de forma presencial. A princípio, desde abril, em razão da pandemia do coronavírus, os trabalhos estão sendo feitos remotamente, por videoconferência.

Como o cenário do país em relação à covid-19 é de incerteza absoluta, não há uma previsão sobre quando será possível retomar as audiências presenciais. A Segunda Turma é composta pelos ministros Cármen Lúcia, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin.

Segundo apurou o UOL, Gilmar tem considerado que a complexidade do tema justificaria a necessidade de um julgamento presencial, e não virtual.

Informações UOL