O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou, na tarde deste sábado (8/8), em uma rede social, a marca de 100 mil mortes causadas pela Covid-19 no país. “Em 144 dias, o coronavírus levou embora precocemente 100 mil pais, mães, filhos, irmãos, avós”, escreveu o ex-mandatário petista no Twitter.

“Eram amigos, conhecidos, eram trabalhadores que se viram obrigados a deixar seus lares e lutar pelo pão de cada dia. Eram médicos, enfermeiros, agentes de saúde, motoristas de ambulância, agentes de segurança. Homens e mulheres que dedicaram a própria vida a salvar a de seus companheiros. Eram parte do povo brasileiro”, prosseguiu.

O ex-presidente aproveitou a oportunidade para alfinetar o atual chefe do Executivo federal, Jair Bolsonaro (sem partido), que tem sido criticado por uma suposta falta de sensibilidade para com as vítimas da Covid-19.

“Uma doença que no Brasil foi desprezada por quem deveria cuidar do povo. Pela arrogância e prepotência de um presidente que escolheu chamar um vírus cruel de gripezinha, desafiando a ciência e até a morte, e que carregará na alma a responsabilidade por milhares de vidas”, disse.

“Se o coronavírus revelou e resgatou a empatia do brasileiro, também mostrou um lado cruel do egoísmo, do desprezo pela vida de nossos mais velhos e vulneráveis. Que sofrem com o medo e o isolamento, abandonados à própria sorte pela desorientação do presidente da República”, completou Lula.