O líder da bancada evangélica na Câmara dos Deputados, o deputado federal Silas Câmara, lidera um movimento em Brasília que pede a isenção total de impostos para igrejas e instituições ligadas a elas. A pauta seria incluída na reforma tributária que tramita no Congresso Nacional.

Em julho deste ano, a frente parlamentar evangélica da Câmara apresentou uma emenda ao relator da reforma tributária Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) que livra as igrejas de cobrança de tributos em remessas de dinheiro para o exterior e na operação de atividades fora dos templos.

Os evangélicos querem isentar as instituições religiosas da contribuição previdenciária, das contribuições sociais e de tributos estaduais e municipais tanto para as igrejas quanto para o comércio e serviços a elas ligadas, como livrarias, editoras e gravadoras.

Silas Câmara argumenta que uma igreja não deveria pagar ICMS sobre o aluguel de um ônibus para transportar seus pastores e fiéis.

Atualmente as entidades religiosas são isentas do pagamento de imposto sobre renda, patrimônio e serviços. Mas o parlamentar do Amazonas afirma que a extensão dessa isenção não está definida em legislação específica.

A emenda também pretende evitar que alguns municípios cobrem IPTU de imóveis alugados para igrejas ou entidades religiosas, inclusive as usadas como moradia por líderes religiosos.