Covid-19 – Um estudo divulgado ontem pelo Imperial College de Londres mostrou que a transmissão do coronavírus voltou a ganhar força no Brasil. Já são 14 semanas em que o índice de contágio (Rt) — uma métrica da taxa de reprodução viral, que mostra a velocidade de sua disseminação — segue acima de 1 no país.

Há duas semanas, o índice era 1,03, ou seja, cada cem pessoas com Covid-19 levariam o vírus para outras 103. Depois, passou para 1,01, mas, agora subiu para 1,08. Este acúmulo é exponencial: cem pessoas infectam 108, que levam o patógeno para 116,6, e assim por diante.

Entre os 25 países analisados pelo instituto britânico com Rt acima de 1, quase metade (13) conseguiu controlar o contágio nos últimos dois meses. Não foi o caso do Brasil, que ontem bateu a marca de 2,5 milhões de casos e 90 mil óbitos, segundo balanço dos veículos de imprensa.

O boletim registrou, em 24 horas, 1.554 novos óbitos e 70.869 novos casos de Covid-19. Os dados são divulgados pelo consórcio formado por O GLOBO, Extra, G1, Folha de S.Paulo, UOL e O Estado de S. Paulo, que reúne informações das secretarias estaduais de Saúde.

O número de óbitos foi o maior registrado em apenas um dia, ultrapassando o visto em 4 de junho (1.470). O novo recorde pode estar associado a um acúmulo de casos no estado de São Paulo, que ontem, além dos dados do dia, também divulgou os de anteontem.