Do Folha de São Paulo

A pandemia do novo coronavírus no Amazonas foi o destaque deste domingo, dia 26, no The New York Times, um dos mais importantes jornais do mundo.

A publicação, com o título “O Amazonas, doador de vida, espalha a pandemia”, dedica meia página de foto de capa e mais quatro páginas sobre o assunto.

A reportagem, assinada por Julie Turkewitz e Manuela Andreoni, traz como pano de fundo o rio Amazonas, como “fonte de vida essencial” na América do Sul, mas que, também, serviu como a principal vida de disseminação do novo coronavírus (Covid-19).

“No Brasil, as seis cidades com maior exposição ao coronavírus estão sobre o rio Amazonas, segundo um extenso novo estudo de pesquisadores brasileiros que mediram os anticorpos na população”, diz a notícia, acrescentando:

“A epidemia se espalhou tão depressa e amplamente pelo rio que em comunidades afastadas de pesca e agricultura como Tefé a população tem igual probabilidade de contrair o vírus que na cidade de Nova York, onde houve um dos piores surtos mundiais”.

A reportagem também conta que o vírus foi introduzido no Amazonas por uma pessoa chegada da Inglaterra, teve sintomas brandos e que “fez quarentena em casa, em uma área rica da cidade”.

A matéria, cheia de imagens, conta o drama de pessoas e relata o enfrentamento do vírus em Manacapuru e Tefé, por exemplo, que registram uma das mais elevadas taxas de letalidade do Brasil.

O foto de capa retrata José de Almeida Rocha, 62 anos. Segundo a publicação, a imagem foi feita no mês passado, quando ele estava sendo levado, de rede, para o hospital de Manacapuru.