Brasil – Estudo da Universidade da Carolina do Norte (UNC) aponta que, por conta do racismo, professores têm maior predisposição em identificar emoções negativas, como raiva ou agressividade, em crianças negras do que em brancas.

O estudo foi feito com 178 professores, a maioria mulheres brancas. Os participantes foram expostos a vídeos de crianças exibindo expressões faciais para diferentes emoções.

Quando o retratado era um aluno negro, a chance de suas emoções serem mal interpretadas era 36% superior em relação ao aluno branco. O índice de erro era ainda maior entre meninas negras: 74%.

Ao interpretar equivocadamente as emoções dos alunos, professores tendem a reproduzir comportamentos racistas em sala de aula, como tratar melhor alunos brancos.

Em entrevista, a coordenadora institucional da ONG Ação Educativa, Denise Carreira, afirma que discriminação afeta diretamente o acesso à educação e prejudica o rendimento escolar de negros e negras.

“Escolas em locais menos centrais e que atendem maior quantidade de negros costumam ter um índice de troca de professores muito alto. Com isso, entregamos a pior educação para quem mais precisa de educação”, diz Carreira.