Brasil – Com a ajuda de Jair Bolsonaro e do genro, o ministro da Comunicação Fábio Faria (PSD-RN), o SBT, de Silvio Santos, faturou pelo menos R$ 3,6 milhões de reais em cerca de 2 horas, quando transmitiu a final do campeonato carioca entre Flamengo e Fluminense na noite a última quarta-feira (15).

Segundo informações da revista Veja, as seis cotas de patrocínio – vendidas entre R$ 600 mil e R$ 800 mil – foram negociadas em quatro dias, o que garantiu o faturamento inédito na emissora, que agora pretende investir mais nas transmissões esportivas.

Além dos R$ 3,6 milhões embolsados, o SBT ainda cumpriu o objetivo de Bolsonaro, de vencer em audiência o Jornal Nacional. Às 21h15, a emissora de Silvio Santos bateu 27 pontos no Ibope, ante 25 do jornalístico da Globo.

Globo
Após reunião com o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, Bolsonaro implodiu o monopólio da transmissão de futebol pela Globo com a edição de uma Medida Provisória que altera contratos com a emissora e dá ao mandante os direitos de transmissão sobre os jogos, em vez de aos dois clubes como era previsto pela Lei Pelé.

Além da MP de Bolsonaro, o SBT contou com a ajuda do ministro da comunicação, casado com Patrícia Abravanel, que articulou reunião entre o vice-presidente do SBT, José Roberto Maciel, e o presidente do Flamengo, que resultou no fechamento da negociação para a transmissão da partida.

Nesta quinta-feira (16), o Corinthians se juntou a outros 15 clubes em apoio à MP que quebra o monopólio da Globo.

Em manifesto, os 16 clubes afirmam: “Os torcedores ganham com o fim dos apagões de jogos, com mais craques em campo e com um melhor espetáculo no Brasil. Os clubes ganham com mais liberdade e receitas. E o país ganha com os clubes mais sólidos financeiramente, maior geração de empregos e crescimento de impostos pagos aos governos”.

As equipes que assinam o manifesto são: Athletico, Atlético-GO, Atlético-MG, Bahia, Ceará, Corinthians, Coritiba, Flamengo, Fortaleza, Goiás, Internacional, Palmeiras, Bragantino, Santos, Sport e Vasco.

Os quatro clubes que não participam da inciativa são Botafogo, Fluminense, Grêmio e São Paulo.