O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a fala do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que criticou a presença de militares no comando do Ministério da Saúde, ligando o Exército Brasileiro a um “genocídio” causado pela Covid-19. Atualmente, há mais de 75 mil mortos pela doença no país.

Em live com petroleiros, realizada nessa quarta-feira (15), o petista disse que o ministro estava certo ao fazer a crítica e que a frase não fez referência às Forças Armadas, mas sim ao fato de não cobrarem um “comportamento adequado” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) frente ao combate contra o novo coronavírus.

Lula disse não se opor à presença de militares em cargos públicos, mas criticou a capacidade do Eduardo Pazuello de comandar a pasta. O general está à frente da Saúde há dois meses, em substituição ao ex-ministro Nelson Teich, que deixou o cargo por não defender o uso da cloroquina em pacientes infectados.

“O Gilmar está certo. Ele não culpou o Exército, ele disse que o Exército, participando como está participando (do Ministério da Saúde) sem cobrar comportamento adequado do presidente da República, vai contribuir com os erros do presidente da República. Isso é a mais pura verdade e eles (militares) se ofendem”, disse.