Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, está investindo pesado nas reformas tributárias e administrativas. Ao passo de suas decisões Maia destaca alguns pontos importantes que abrangem essas mudanças.
Entre os destaque está a opinião sobre o veto presidencial contra a desoneração da folha salarial de 17 setores. Segundo Maia isso poderá aumentar o desemprego. Ele afirmou que a oneração de empresas poderá chegar a R$ 10 bilhões, se o Congresso não sustar a medida de Bolsonaro. “Esse é um tema muito importante. São 17 setores da economia que vão entrar 2021 com impacto na mão de obra de R$ 10 bilhões. A decisão majoritária deve está a ser pela derrubada do veto, somado vamos ter que nos debruçar no orça de 2021, e saber de onde tirar esses R$ 10 bi”, opinou.
A respeito da CPMF, mais uma vez Mais se disse radicalmente contra. E destacou que fez campanha contra em 2007. “Não podemos esquecer que cada R$ 100 de riqueza dos brasileiros, R$ 35 já ficam com o governo federal, estados e municípios. É uma participação muito grande da sociedade. Não queremos criar novos impostos em cima de um um país que já tem carga tributária de país rico e que presta serviços de países não ricos, aumentar a participação da sociedade em um imposto ruim, que tributa de forma desproporcional o brasileiro mais simples do mais rico, e quem paga a conta é o mais simples”, destacou.
“Somado a isso, vamos criar um imposto de transação financeira de alíquota de 0,40%, em taxa de juros de 2,5%. Isso cria custo sem precedentes. Fora toda a regressividade e não possibilidade desse imposto ser compensado nas exportações. Pra mim, pessoalmente, é uma tragédia. A gente precisa aprovar a reforma tributária, que simplifique impostos de bens e serviços, que trate da renda para diminuir distorções, sem dúvida, e pegar o governo, estados e municípios, e fazer reforma administrativa melhorando a qualidade do gasto. Gastamos muito com despesas obrigatórias. Precisamos reduzir para o governo voltar a investir sempre em parceria com o setor privado”, completou
Sobre a reforma administrativa, Maia destaca a importância de melhorar a qualidade do gasto público. “Temos que melhorar o ensino das nossas crianças, melhorar e ampliar o SUS, que se mostrou tão importante na crise, melhora a segurança pública. Nosso grande objetivo tem que ser olhar pela a melhora do gasto público. Modernizar o estado. O poder mais importante é o executivo, somado a estados e municípios, mas precisamos ter esse norte. Mas criou um estado, e tudo foi feito de forma legítima, mas algumas categorias ganham muito e sobra pouco recurso para modernizar”, opinou.
Falou também sobre o serviço público “Precisamos valorizar a qualidade do serviço público, o mérito, onde para crescer na carreira, tenha que produzir mais, melhorar a qualidade do trabalho, que é uma coisa que não tem hoje. É importante. Com uma reforma tributária que melhore o ambiente de negócios. Hoje, tributamos muito o consumo, o que significa que tributamos mais a classe média e os mais simples, porque tributamos mais o consumo. Sou otimista em relação à reforma tributária. Temos grande espaço para simplificar os impostos e trazer mais apetite de st privado de investir no Brasil”, disse.
“Não há nada mais importante que a reforma tributária. Fizemos a previdência e o Brasil não cresceu. Não ia crescer esse ano, mesmo sem pandemia, como esperávamos. Há um problema estrutural. Nos gastos públicos, mas, principalmente, no sistema tributário, que afasta investidores. Temos no STF R$ 1,5 trilhão de litígios tributários”, acrescentou.
Outro ponto que tem sofrido críticas de Maia é a atitude de Bolsonaro de fazer propaganda da hidroxicloroquina. “Nenhum de nós que não somos da área médica devemos mostrar remédio pra ninguém. Você pode perder a vida por estar tomando remédio errado. Por mais que tenha boa vontade, acho que o presidente deveria parar de ficar mostrando remédio ‘a’, ‘b’ ou ‘c’. Isso é responsabilidade do Ministério da Saúde e dos médicos”, alertou.
Sobre fake news, Maia disse que não acompanhou de perto a ação do Facebook, mas destacou a importância de punir donos de perfis que disseminam notícias falsas, mensagens de ódio e promovem linchamentos virtuais. “O Facebook e todas as plataformas tem responsabilidade sobre o que passa, principalmente na necessidade de transparência, saber quem está atuando. Precisamos de um marco regulatório, ouvindo especialistas, a sociedade, vamos conseguir, nas próximas semanas, uma lei que garanta liberdade de expressão e que informações falsas, de ódio, contra pessoas, instituições e democracia, de fato precisa de punição e temos que saber quem são e quem financia esse processo contra a democracia brasileira”, afirmou.