Um padre viralizou nas redes sociais ao criticar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), chamando-o de “bandido”, e dizendo que “quem votou nele deveria se confessar”. Edson Adélio Tagliaferro, da Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores, que fica em Artur Nogueira, no interior de São Paulo fazia uma pregação na última quinta-feira, mas a fala se espalhou pela web dias depois. Nesse domingo, o religioso disse que o trecho foi tirado de contexto, mas voltou a externar sua insatisfação com Bolsonaro.
A missa que foi transmitida virtualmente nesse domingo, o padre, falou ‘não é apenas ele’ que não gosta do presidente, mas, sim, o mundo inteiro. Para o líder da paróquia, o Brasil é alvo de deboche no cenário internacional por causa de Bolsonaro.
“Por fim, pegando um gancho com a liturgia de hoje, eu queria deixar claro que não sou eu que não gosto do Bolsonaro. O mundo não gosta dele. O mundo está preocupado e debochando do Brasil, por causa do nosso presidente. Então não se preocupem com o padre Edson”, disse.
O padre também classificou Jair Bolsonaro como uma pessoa ‘desequilibrada’, que prefere pensar em interesses pessoais do que se importar com as vítimas do novo coronavírus no Brasil, que passam de 64 mil.
“O padre Edson é uma fichinha, é uma gota nesse oceano de tantas pessoas que têm falado mundo afora contra os desmandos de uma pessoa desequilibrada, que se preocupa só com o seu grupeto, e não se preocupa com 64 mil mortos que já se foram por causa da pandemia”, afirmou.
Fala descontextualizada
De acordo com o padre Edson, o vídeo que circula pelas redes sociais com críticas ao governo Bolsonaro e o aconselhamento de confissão dos eleitores do presidente teve o trecho tirado de contexto. O religioso disse que estava falando do profeta Amós, que prezava pela verdade e dizia nomes sem qualquer tipo de cerimônia.