Do Gaúchazh
A Polícia Civil deu mais detalhes sobre o assassinato de Irene da Fonseca, 67 anos, e de sua neta, Kauana Santos, 16, durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (01/07), em Caxias do Sul.
Leandro Daniel Hoffmann, 31, invadiu a casa vizinha com uma carabina de pressão adaptada para o calibre 22. O pai de Kauana não estava na residência, apenas a avó com dois netos. Irene tentou proteger as crianças e foi atingida por um tiro no pescoço.
A jovem tentou socorrer a avó, mas também foi atingida pelos disparos. Ela chegou a tentar fugir da residência, mas foi baleada novamente. O outro neto, um menino de 7 anos, conseguiu fugir.
“Hoffmann disse que ingeriu bastante bebida alcoólica. A versão dele é de que já havia um atrito com o vizinho (pai de Kauana), algo sobre ter “olhado torto”. Por isso, foi tirar satisfações. Mas nunca houve uma desavença entre eles. Tanto que o pai não relatou nada no seu depoimento”, disse o delegado responsável pelo caso, Edinei Márcio Albarello.
O suspeito foi preso nessa terça-feira (30/06) após confessar o crime. Ele relatou que arrastou o corpo da jovem e o escondeu em um riacho de uma propriedade. Em seguida, ateou fogo à casa da família, carbonizando o corpo da avó da vítima.
O corpo de Kauana foi localizado depois da confissão. Durante o depoimento, ele contou que, naquele dia, havia ingerido bebida alcóolica e brigado com a esposa e a expulsado de casa com os filhos do casal.
O delegado regional Paulo Rosa disse que Hoffmann é um sujeito de alta periculosidade. “Tanto que resistiu à prisão, sendo necessário o uso moderado da força pelos policiais. Os relatos das testemunhas são de que ele ficava ainda mais violento quando consumia bebida alcoólica. Tinha surtos”, relatou.