A pesquisa realizada pela FIA e pela FEA-USP indicou a percepção dos executivos sobre os três primeiros meses de home office. O período também implodiu o mito da perda de comprometimento da equipe e com o foco no trabalho fora do escritório. Assim, a expectativa é que a nova realidade mude as relações corporativas de agora em diante.

Com os resultados, 70% dos executivos brasileiros pretendem continuar trabalhando em casa quando o período de isolamento terminar.

O presidente da Trevisan Escola de Negócios, VanDyck Silveira, é um deles. Antigo crítico do modelo, desde os tempos em que era o número dois na estrutura da Duke Corporate Education, em Londres, se diz agora um convertido.

“O home office nunca funcionou e o que via era que os executivos usavam o dia de trabalho em casa para fazer outras coisas. Agora, nesses três meses, minha percepção mudou e sou agora um cristão-novo do home office”, diz ele, que estuda manter o teletrabalho para parte de seus mais de 300 funcionários no futuro. “Nunca tivemos tantas entregas quanto agora.”

Pela pesquisa, a percepção de 71% dos executivos é que o desempenho está maior ou igual ao trabalho executado no escritório.

“Os resultados de produtividade são altos”, diz André Fischer, responsável pela pesquisa.