Economia – O governo avalia prorrogar o pagamento do auxílio emergencial por mais três parcelas em valores decrescentes, de R$ 500, R$ 400 e R$ 300. A ideia está em estudo pela equipe econômica, que planeja lançar em seguida um novo programa, chamado Renda Brasil.

Hoje, o benefício pago a trabalhadores informais é de R$ 600. Inicialmente, o programa tinha previsão de durar três meses. A gravidade da crise do coronavírus, no entanto, fez com que o governo precisasse planejar uma extensão dos pagamentos.

De acordo com um interlocutor do ministro da Economia, Paulo Guedes, a extensão teria um custo de aproximadamente R$ 100 bilhões. Cada pagamento de R$ 600 custa aos cofres públicos R$ 51 bilhões. Somadas, as três parcelas em valores decrescentes somariam repasses de R$ 1.200.

O novo Renda Brasil seria no valor de cerca de R$ 250, segundo a fonte. Os detalhes do novo programa ainda estão sendo fechados, mas a ideia é reformular outros benefícios para formar o novo programa.

Desde o início do governo, a equipe econômica tem avaliado programas que considera pouco ineficientes, como o abono salarial, que consome pouco mais de R$ 19 bilhões por ano.

Na avaliação de técnicos, esse dinheiro acaba parando nas mãos de trabalhadores de famílias com renda mais alta, mas em início de carreira. Como têm salários iniciais mais baixos, fazem jus ao benefício.

Ainda não está claro, no entanto, se essa reformulação mais profunda já faria parte da primeira fase do Renda Brasil, já que mudanças em benefícios como o abono exigem a aprovação de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), que costuma ter tramitação mais demorada no Congresso.