Os dados são do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que apontam que, em maio, 19 milhões de pessoas estavam afastadas do trabalho no Brasil e, entre estes trabalhadores, 9,7 milhões ficaram sem a sua remuneração.

Esse número corresponde a 11,5% da população ocupada no mercado de trabalho em maio, que era de 84,4 milhões. O destaque está no Nordeste, cujo percentual chegou a 16,8%, enquanto no Norte foi de 15%.

“Nós já sabíamos que havia uma parcela da população afastada do trabalho e, agora, a gente sabe que mais da metade dela está sem rendimento. São pessoas que estão sendo consideradas na força, mas estão com salários suspensos. Isso não é favorável e tem efeitos na massa de rendimentos gerada, que está estimada abaixo de R$ 200 bilhões”, comentou o diretor-adjunto de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo.

Os dados fazem parte da Pnad Covid-19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.

Os primeiros números da pesquisa, divulgados na semana passada, mostraram que cerca de 1 milhão de pessoas perderam o emprego por causa da pandemia. 10,1 milhões de pessoas estavam desempregadas em maio no Brasil, o que deixou a taxa de desocupação em 10,7% e ao todo 8,7 milhões de pessoas trabalharam remotamente em maio.

Esse número representa 13,3% do pessoal ocupado no mês. O IBGE identificou que, quanto maior o nível de escolaridade, maior foi o percentual que aderiu ao chamado home office ou teletrabalho.