Um homem foi flagrado agredindo sua funcionária, em Manaus (AM). A agressão foi gravada por câmeras de segurança do estabelecimento.

N F de 23 anos, estava trabalhando de atendente, quando foi agredida com chutes, empurrões, e socos pelo patrão na frente dos clientes. A agressão ocorreu na padaria Jennifer localizada na rua Guaiapó, bairro Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus. A vítima também afirma que sofria assédio sexual do agressor. “Ele falava imoralidades, mas ele não é assim só comigo. É com todo mundo. ” relatou a vítima.

N F tem uma filha de 2 anos com o filho da proprietária da padaria, mas ambos não mantém um relacionamento. Ela deixou a casa onde morava com seu pai, no município de Iranduba, localizado a 9 quilômetros da capital amazonense, para ir morar em Manaus, na casa da avó paterna da criança. Passados alguns meses, N F foi convidada a trabalhar na padaria da família do pai de sua sua filha, pois morava “de favor” e precisava retribuir a ajuda que recebia para criá-la. Ela iniciava o trabalho às 4h30 da madrugada e só largava às 14h, sem descanso. Para essa jornada de trabalho, a jovem recebia uma ajuda de custo de R$ 100 por semana.

Segundo N F, era durante as ausências da proprietária do estabelecimento, que os abusos aconteciam. Djalma Silva (o homem que aparece nas filmagens), 40 anos, marido da proprietária da padaria, era quem praticava o assédio. Na quinta-feira (18/06), por volta das 7h30, no momento em que N F estava atendendo um cliente, o patrão resolveu agredi-la. Segundo N F, ela estava usando uma máscara (para se proteger do Covid-19), que em determinado momento passou a incomodar, foi quando ela a abaixou por alguns minutos, Djalma, que a observava de longe, se aproximou dela e reclamou do porquê dela estar sem o acessório. N F respondeu que era só por enquanto. Foi nesse momento que o suposto patrão a empurrou, a chutou várias vezes e a ofendeu verbalmente com diversos palavrões. O cliente que estava na padaria no momento da agressão, conseguiu intervir e parar com a violência.

N F saiu da padaria e foi até o 30º Distrito Integrado de Polícia e registrou um Boletim de Ocorrência. Maria também se dirigiu junto com um amigo, ao Serviço de Apoio Emergencial da Mulher (SAPEM) e e recebeu um encaminhamento para o Centro Estadual de Referência e Apoio à Mulher.