Brasília – O vice-presidente da república, general Hamilton Mourão, voltou a descartar o risco de ruptura democrática no governo de Jair Bolsonaro. Segundo ele, as bases democráticas do Brasil são sólidas.

“Vejo as pessoas falando de instabilidade. Vejo mais instabilidade emocional. Para ter golpe, precisa de Força Armadas. Eu não vejo o Presidente querendo isso. É um assunto que não cabe em pleno século 21”, disse o general.

Questionados pelos jornalistas Guilherme Portanova e Thiago Nolasco, o Mourão também avaliou a saída do Ministro da Educação, Abraham Weintraub, exonerado da função no último sábado. “Na verdade, o ministro estava bastante desgastado na opinião pública, perante o Legislativo e o Judiciário. O presidente já tinha noção que ia ter que mudar o ministro”, explicou o vice.

O político comentou ainda sobre um sucessor para o cargo. “Agora tem que encontrar um nome para que acabe com essa imagem de que governo não liga para educação. É o principal pilar da base de um governo.”

Mourão ainda foi questionado sobre a aproximação do Palácio do Planalto com o grupo político no Congresso chamado de Centrão. “Eu acho que governo entendeu que precisa ter apoio. É muito claro isso. No começo, o nosso presidente tentou manter por bancadas temáticas e não deu certo. Cada um tem seu interesse”, justificou.