O Grupo Samel responsável por criar a Cápsula de baixo custo denominada como Vanessa que ajudou a salvar muitas vidas com covid-19 no Amazonas, ganhou repercussão nacional no Jornal Folha de São.

Batizado de Cápsula Vanessa, em homenagem a uma paciente que foi intubada e se recuperou da Covid-19, o dispositivo foi criado pela Samel em parceira com o Instituto Transire.

A cápsula é uma espécie de cabine construída com canos de PVC e coberta com plástico transparente que é colocada sobre o paciente, e tem duas funções principais: servir de barreira de proteção para os profissionais de saúde e permitir a chamada Ventilação Não Invasiva (VNI), com o uso de uma máscara convencional de oxigênio e evita também a entubação precoce dos pacientes.

Sua estrutura conta com um sistema de exaustor e filtros antivirais e antibacterianos que renovam o ar e criam um ambiente de pressão negativa no interior da cabine. Isso faz com que os aerossóis não escapem quando o zíper é aberto para a realização dos procedimentos médicos e alimentação do paciente.

A cápsula começou a ser usada em março nos hospitais da rede Samel e no hospital de campanha da Prefeitura de Manaus, administrado pelo grupo. Em maio, a OMS (Organização Mundial da Saúde) reconheceu a VNI como opção eficaz para o tratamento de Covid-19

O Ministro da Saúde interino, Eduardo Pazuello, durante coletiva anunciando os novos protocolos para o combate ao covid, citou a cápsula e semanas depois convidou a Samel para ajudar a montar e administrar o hospital de campanha em Boa Vista Roraima.

A Cápsula Vanessa está sendo usada em 40 cidades do interior do Amazonas e em estados como Pará, Acre e Roraima, além da Bolívia. Foram produzidas 2.200 unidades, a maioria doada pelo Grupo Samel aos serviços públicos. A cápsula gera uma proteção extra para os profissionais, mas não elimina a necessidade de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).

Além da cápsula, a Samel também desenvolveu um sistema de triagem que orienta se é o momento de procurar uma unidade de saúde baseado nos sintomas descritos. Se há suspeita de infecção, a pessoa recebe uma chamada em vídeo do serviço de telemedicina com orientações.