Fiscais da Vigilância Sanitária municipal (Visa Manaus), em inspeção de rotina, identificaram em uma fábrica de cerveja artesanal, 1,8 toneladas de malte com alterações, em embalagens perfuradas e com fezes de rato. A fábrica está localizada no bairro Cachoeirinha, zona sul, e foi interditada pela Prefeitura de Manaus.

O produto, distribuído em 72 sacas de 25 quilos, foi apreendido para inutilização, e a fábrica deverá ser multada em até 400 Unidades Fiscais do Município (UFMs), tendo cada Unidade o valor atual de R$ 108,95, totalizando R$43.580.

As acordo com os fiscais, as irregularidades ofereciam risco iminente à saúde dos consumidores. Além da contaminação por fezes de roedores, o malte apreendido não tinha identificação de lote, data de fabricação, validade ou procedência.

“Não é permitido utilizar matérias-primas nestas condições, ainda mais para o preparo de bebidas destinadas ao consumo humano”, observa Markendorf. Segundo ele, no local de armazenamento de malte havia sujeira e cascas que demonstram o consumo do conteúdo das embalagem por roedores.

Os fiscais verificaram outras irregularidades sanitárias na fábrica. Entre elas, a falta de controle efetivo de pragas; a conservação em depósito de produtos sanitizantes e saneantes vencidos e com identificação ilegível; insumos depositados diretamente no chão e cervejas em embalagens finais sem informação de validade ou lote.

A fábrica produz cerveja de marca própria e também chope comercializado em rede de restaurante local. Os fiscais destacaram que a produção e a comercialização de comidas e bebidas exigem o compromisso rigoroso com as normas de segurança à saúde. “Falhas no processo, por acidente ou negligência, podem causar danos muito graves aos consumidores”, salienta Ana Hilda, citando o caso recente da cervejaria mineira, de onde saíram lotes de cerveja contaminada responsáveis pela morte de vários consumidores no país, em janeiro deste ano.

Ainda segundo ela, a fábrica permanecerá interditada até a remoção comprovada do risco sanitário.