O Prefeito Arthur Neto numa atitude irresponsável e inescrupulosa, se recusou a devolver os equipamentos do Hospital de Campanha para a Samel ajudar os vizinhos de Roraima, após pedido do governo Bolsonaro. A denúncia foi feita pelo presidente do grupo Samel Luis Alberto Nicolau que, indignado alegou que o prefeito após se favorecer da excelente campanha realizada pela equipe hospitalar na capital, não autorizou a montagem do equipamento em outro estado.

O Senador Flávio Bolsonaro compartilhou em seu Instagram a denúncia que Nicolau fez da atitude reprovável do prefeito de Manaus.

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Luis Alberto Nicolau denunciou a prefeitura de Manaus, e o Secretário de Saúde do município que nesse momento delicado de pandemia, se negam a ajudar o estado vizinho, devolvendo os equipamentos do hospital Samel que podem salvar a vida de outras pessoas também. O que choca é o fato desses equipamentos terem sido fruto de “doação”, de investimento privado, de uso para uma finalidade e não do esforço do prefeito com o uso de recurso público, o que não justifica de maneira nenhuma o entrave no processo. O que na verdade pode justificar a atitude do prefeito Arthur Neto de dificultar, é o fato de Ricardo Nicolau estar atendendo a um pedido do presidente Jair Bolsonaro, desafeto declarado de Arthur. O que torna o problema de saúde pública numa picuínha para o prefeito.

O Hospital de Campanha foi todo montado em uma parceria público-privada, com a verba e o esforço da Samel e da Transire, o que possibilitou 500 altas médicas de pacientes acometidos pela Covid-19 em apenas 58 dias de funcionamento em Manaus.

Equipamento de tomografia, laboratório e 180 leitos, além da Cápsula Vanessa, responsável pela recuperação de inúmeros pacientes devido o auxílio na respiração do paciente, foram peças importantes no momento de crise. Porém nenhuma peça foi comprada com dinheiro publico, a única participação da prefeitura foram as instalações do hospital, que foram adaptadas em uma escola municipal.

Nicolau repudiou a atitude do prefeito, que segundo ele, nunca pisou os pés no hospital. Ele disse que vai retomar seus equipamentos na justiça, pois foram doados para o tratamento do Covid-19 do povo do Amazonas e que eles (equipe) só iam sair depois que o último paciente tivesse alta “Nós falamos que só íamos sair daqui quando o último paciente tivesse alta, nós Samel, não é a Prefeitura não. A Prefeitura não mexeu uma palha, agora tá mexendo, pra atrapalhar, pra arrumar confusão. Isso é um absurdo! ” disse o presidente da Samel em um dos trechos do vídeo.

A prefeitura de Manaus, ao informar o encerramento das atividades do Hospital de Campanha, recebeu um comunicado de que terá suas ações fiscalizadas pelo Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC). O órgão entrou com um pedido ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), que investigue a suspeita de superfaturamento em contratos firmados entre a Semsa e a empresa Instituto de Saúde da Amazônia S/S. no valor de R$ 4,8 milhões e na compra de 30 mil frascos de álcool em gel pelo valor de R$ 705 mil.

A representação do MPC também atenta ao fato do contrato prever 1.260 plantões noturnos e 1.440 diurnos pelo valor de R$ 1.800,00 cada.