Nesta sexta-feira (12), um dos suspeitos de matar um advogado e seu amigo em uma loja de conveniência em Curitiba, no Paraná, foi preso.

Igor Martinho Kalluf, de 40 anos, foi um das vítimas do duplo homicídio. O advogado ficou conhecido por ser um dos autores do pedido de investigação contra o ex-ministro Sergio Moro, em 2019, após vazamento de mensagens sobre a Lava-Jato. O amigo de Igor, que também morreu, é Henrique Mendes Neto, de 38 anos.

Durante a investigação, a delegacia de homicídios já descartou a possibilidade do crime ter uma causa política.

“Inicialmente, essa foi uma das linhas investigativas nas primeiras horas, porém com o decorrer das oitivas das pessoas e demais elementos, como troca de mensagens de celular, temos a certeza de que não tem nada a ver com isso”, decretou a delegada Tathiana Guzella ao UOL.

Câmeras de segurança do comércio registraram o momento do crime.

Ainda de acordo com a polícia, a motivação do crime teria sido uma cobrança de dívida. Um dos suspeitos do crime foi preso em São José dos Pinhais, no Paraná. Ele seria o mandante do crime, que por ser cobrado pelo advogado de um débito teria encomendado o assassinato de Igor.

Conforme o apurado até o momento, segundo o delegado da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) Thiago Nóbrega, as imagens e documentos encontrados no local indicam que o crime foi um acerto de contas.

A delegada Tathiana Guzella, em entrevista ao jornal Meio Dia Paraná, da RPC, afirmou que o suspeito preso seria o mandante do crime. Ele teria uma dívida de cerca de R$ 500 mil com um ourives de São Paulo, que teria encontrado Kalluf para cobrar essa dívida. A dívida seria referente a venda de pedras preciosas, no caso esmeraldas.

“O mandante falou que contratou apenas um homem, mas que esse atirador levou mais dois. Mesmo assim os levou, parando meia quadra antes. Esses dois seguiram a pé. O mandante alegou que não devia nada e não tinha razão de estar sendo cobrado”, contou a delegada.

A outra vítima, no entanto, não tinha nada a ver com o entrave entre o advogado e o mandante do crime. Henrique estava apenas fechando um negócio com Igor e estava no lugar errado e no momento errado.