Manaus – Os professores da rede municipal de ensino denunciam mais que uma vez que estão há pelo menos três meses sem receber da Secretaria Municipal de Educação (Semed), também relatam o acumulo de funções durante os trabalhos no período da pandemia do novo coronavírus.

Com medo de represálias, os professores que preferem não se identificar, dizem que a Semed não dá nenhuma data ‘concreta’ sobre o pagamento, mesmo que a secretária Kátia Serafina Schweickardt, dizendo que os compromissos seriam honrados.

“Não nos dão nenhuma data de quando iremos receber, estamos trabalhando normalmente em home office atendendo pais e alunos. Além, das atividades pedagógicas, ainda temos que atender os pais dos alunos que nos procuram muitas vezes fora do nosso horário de trabalho, exigindo respostas sobre o Kit e o auxílio de R$ 50 que a prefeitura está disponibilizando para os alunos. Estamos tendo que nos reinventar, uma vez que usamos nosso celular pessoal para realizar o atendimento deles”, comenta uma professora.

Os professores ficam indignados com a situação, pois a última notícia que tiveram sobre folha de pagamento é que devido a pandemia, a arrecadação da prefeitura diminuiu e não conseguem pagar os professores mensalmente.

Contradição

Enquanto a Semed e prefeitura dizem que não têm dinheiro para pagar os professores, o executivo municipal gastou só no período da pandemia R$ 33 milhões com publicidade. Arthur Neto também emprestou R$ 300 milhões para construir o T6, anunciado na última semana.

Data-base vencida

A data-base dos profissionais venceu em maio e não sabem como ficará essa situação. “Os alunos especiais estão sem atendimento de mediadores, pois, esses trabalhadores foram dispensados e os professores regentes acabam acumulando mais essa função. O dinheiro do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) é destinado para o pagamento dos professores. Então, dinheiro tem e nós queremos o que é nosso por direito”, finalizou um professor.