Do Metrópoles

O ex-presidente Michel Temer (MDB) rebateu, em artigo publicado no jornal O Estado de São Paulo, as avaliações de que as manifestações contrárias ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) são “terroristas”, como acusa o chefe do Executivo. “É exercício democrático”, escreveu ele, sem citar Bolsonaro nominalmente.

Lembrando que a Constituição Federal garante o direito de manifestação e de liberdade de expressão, ele pontua que “terrorismo pressupõe clandestinidade, movimento subterrâneo, às escondidas”. “Nada que diga respeito a manifestações públicas, a céu aberto”, ironiza.

“A manifestação contra o governo ou a seu favor deriva do ‘pluralismo político’ a que antes aludimos. É exercício democrático. Pode sim, ser sancionado se houver desordem deliberadamente praticada, conflitos que gerem ferimentos. Mas aí são outras hipóteses delitivas, puníveis por outras razões legais”, sustenta o ex-presidente.

Manifestações
O último domingo (07/06) foi marcado por manifestações contrárias e a favor de Bolsonaro por todo o país. Na sexta-feira (05/06), durante a inauguração de um Hospital de Campanha de Águas Lindas de Goiás, ele classificou apenas os primeiros como “terroristas, maconheiros, marginais e desocupados” que querem “quebrar o Brasil”.